Breivik queixa-se de que não tem manteiga suficiente para pôr no pão

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A cela de Breivik, onde passa 23 horas por dia, tem três pequenas assoalhadas AFP

Inspecções corporais quotidianas, café frio, censura da sua correspondência e algemas que magoam são algumas das queixas do assassino norueguês Anders Behring Breivik sobre a situação que vive na prisão de alta segurança onde cumpre uma pena de prisão de 21 anos, pela morte de 77 pessoas, no ano passado.

Um jornal norueguês publicou alguns extractos de uma carta de 27 páginas enviada por Breivik ao Ministério da Justiça através do seu advogado. “Duvido muito de que exista uma prisão pior na Noruega”, escreve o extremista de direita que matou 77 pessoas, a maioria das quais adolescentes do Partido Trabalhista norueguês, a 22 de Julho de 2011.

Breivik está em isolamento quase total – pode sair durante uma hora por dia –, num regime de alta segurança na prisão de Ila, perto de Oslo. A sua cela tem três divisões, cada uma de oito metros quadrados: uma para dormir, outra que serve de escritório e outra para fazer exercício. Mas “são muito frias”, e ele tem de usar “três camadas de roupa”. Além disso, diz, o estabelecimento prisional em que foi colocado, uma instituição só para homens, “abriga alguns dos mais perigosos homens” da Noruega.

Além da companhia não ser recomendável, o assassino condenado queixa-se de condições “que violam os direitos do Homem”. Lamenta-se de não receber manteiga suficiente para pôr no pão, de muitas vezes o café lhe chegar frio e de não poder conservar creme hidratante na sua cela – que, lamentavelmente, não tem nem decoração nem paisagem, relata o tablóide Verdens Gang, citado pela AFP. As algemas, que tem de usar quando é transferido de algum lugar da prisão para outro, “são muito afiadas e fazem-lhe feridas no pulso”.

As autoridades norueguesas não fizeram qualquer comentário sobre esta carta de Anders Breivik, adianta a BBC.

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