Banco chinês castiga funcionários com bastão para "motivar"

O episódio aconteceu na província de Shanxi, durante um treino motivacional de um grupo de funcionários. Dois executivos foram suspensos após as imagens se terem tornado públicas.

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As imagens mostram oito empregados a serem castigados DR

Na China, oito empregados de um banco foram vergastados como consequência da sua alegada má prestação durante um treino. O episódio envolveu os funcionários do Changzhi Zhangze Rural Commercial Bank e aconteceu durante um exercício de actividades de consolidação de espirito de equipa. O episódio conduziu à suspensão de dois executivos da instituição de crédito rural em Changzhi, província de Shanxi, no Norte da China.

A situação foi denunciada num vídeo de 1:15 minutos, gravado com um telemóvel e partilhado pelo jornal chinês People's Daily na segunda-feira. As imagens recolhidas mostram os oito empregados em cima de um palco, parados, enquanto um homem lhes bate, alternadamente, com algo que se assemelha a um bastão de madeira.

Segundo a imprensa local, os quatro homens e quatro mulheres do vídeo foram castigados por terem ficado em último lugar numa competição. Uma das mulheres ainda se tenta proteger com as mãos após a terceira ronda, mas recebe ordens para as retirar.

O “homem do bastão” é Jiang Yang, um motivador dos recursos humanos de empresas que, de acordo com a imprensa chinesa, recebe cerca de 13 mil euros pela prestação destes “treinos de motivação”. Yang já pediu desculpas pelo comportamento, mas defendeu que esta é uma técnica que tem tentado durante anos.

Para além da agressão física registada em vídeo, o People's Daily denunciou ainda, no mesmo evento, o corte de cabelo a outros funcionários com baixo desempenho.

Os castigos corporais são proibidos na China desde 1986. No entanto, esta não será uma situação isolada e a prática permanece comum especialmente nas áreas rurais. Durante os últimos dias, alguns internautas denunciaram experiências semelhantes e partilharam já ter sido obrigados a fazer flexões, comer ovos crus ou rapar ou cabelo, relata a revista norte-americana The Atlantic.

De acordo com um comunicado da Shanxi Rural Credit Co-operatives Union, empresa que regula o banco, a situação está a ser investigada e o banco está a estudar formas de ajudar os empregados a obterem uma compensação por parte da empresa responsável pelas actividades realizadas no treino de equipa, escreve a BBC.

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