Balanço de civis mortos na Síria chega quase aos 70 mil

Números divulgados esta terça-feira apontam para mais de 230 mil mortos num conflito que já entrou no seu quinto ano.

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Um sírio carrega um bebé que sobreviveu a mais um bombaredeamento do regime sírio em Aleppo Abdalrhman Ismail/reuters

A guerra na Síria já fez mais de 230 mil mortos, incluindo quase 11.500 crianças, desde que eclodiu a revolta contra o regime de Bashar al-Assad há mais de quatro anos.

“Contabilizamos 230.618 mortos desde o início da revolta contra o regime de Assad”, disse à agência AFP Rami Abdel Rahmane, o director do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede em Londres e próxima da oposição que dispõe de uma vasta rede de fontes de informação na Síria e que tem vindo a fazer meticulosamente o balanço dos mortos da guerra no país.

Segundo Abdel Rahmane, o número de mortos entre a população civil está quase a atingir os 70 mil; mais concretamente, “69.494, incluindo 11.493 crianças”.

Entre os que combatem o regime — rebeldes, desertores, jihadistas sírios e combatentes curdos — contam-se 41.116 mortos. Entre os combatentes estrangeiros que lutam contra o regime, na sua grande maioria jihadistas do grupo Estado Islâmico e da Frente al-Nusra, o número de mortos vai em 31.247.

Do lado das forças do regime, o OSDH reparte os mortos da seguinte forma: 49.106 soldados, 32.533 milicianos das Forças de Defesa Nacional, 838 combatentes do Hezbollah xiita libanês e 3093 milicianos xiitas originários de outros países.

Há ainda a ter em conta 3191 mortos cuja identidade não foi possível estabelecer.

Este último balanço do OSDH não contabiliza os mais de 30 mil desaparecidos em quatro anos de conflito. Cerca de 20 mil nas prisões do regime, nove mil membros das forças governamentais que caíram nas mãos dos rebeldes e mais de quatro mil que foram raptados pelos jihadistas do Estado Islâmico.

Feitas as contas, o OSDH sublinha que estes são os números que se conhecem, sendo certo que o balanço de mais de quatro anos de guerra será bem superior aos 230 mil mortos contabilizados.

O conflito sírio entrou no dia 15 de Março no seu quinto ano com um balanço humanitário dramático e sem um fim à vista, agora ainda mais complicado devido à frente de batalha aberta pelo Estado Islâmico, que já controla vastas parcelas de território.

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