Buscas por avião da Air Asia desaparecido suspensas

Cair da noite leva a interrupção das operações de busca pelo avião. Piloto pediu para subir de altitude por causa das nuvens antes de perder comunicação com a torre de controlo.

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O CEO da Air Asia, Tony Fernandes durante uma conferência de imprensa no aeroporto internacional de Juanda REUTERS/Beawiharta
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É lá que se concentram os familiares dos passageiros que seguiam a bordo do voo QZ8501 AFP PHOTO / Juni KRISWANTO
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O avião partiu do aeroporto internacional de Juanda, em Surabaia, no leste de Java, às 5h20 (21h20 de sábado em Lisboa). Na imagem, um Airbus A320-200 da Air Asia, idêntico ao que agora está desaparecido (imagem de arquivo) REUTERS/Enny Nuraheni/Files
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As operações de busca estão a ser supervisionadas pela Indonésia REUTERS/Beawiharta
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O avião desaparecido transportava sete tripulantes e 155 passageiros – 138 adultos, 16 crianças e um bebé, AFP PHOTO / Juni KRISWANTO
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Familiares no aeroporto REUTERS/Antara Foto/Suryanto
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Jornalistas aguardam no aeroporto por mais informações REUTERS/Edgar Su

O voo QZ8501 da Air Asia com 162 pessoas a bordo que partiu de Juanda, na ilha indonésia de Java, para Singapura, continua desaparecido. As autoridades indonésias anunciaram que com o cair da noite iriam interromper as operações de busca.

A Air Asia, que mudou o seu logo vermelho para cinzento nas redes sociais na sequência do incidente, informou que o piloto pediu para desviar a rota por causa do mau tempo, quando agências de notícias falam na ocorrência de violentas trovoadas na zona na altura da passagem do avião. Ainda que seja raro que relâmpagos causem danos graves num avião, diz o diário norte-americano The New York Times, as trovoadas podem causar danos nos sistemas de navegação e os flashes dos relâmpagos podem desorientar momentaneamente os pilotos.

O piloto aos comandos do QZ8501 tem 6 100 horas de voo e o aparelho passou na última revisão realizada a 16 de Novembro, acrescentou a empresa em comunicado. A Airbus, construtora do avião, indicou que o aparelho tinha 23 mil horas de voo e realizou 13600 voos desde que entrou na frota da AirAsia em Outubro de 2008.

O voo QZ8501 saiu do aeroporto internacional de Juanda este domingo às 5h20 (hora local, 21h20 de sábado em Lisboa) e deveria chegar a Singapura às 8h30 (00h30 em Lisboa). Entre as 6h17 e as 6h34, ainda em espaço aéreo indonésio, perde o contacto com a torre seis minutos depois de ter pedido para mudar a altitude do aparelho, sem fazer, no entanto, nenhuma chamada de SOS.
 

 

 

 

 

 

 

 
 

Durante a tarde de ontem, um outro aparelho da Air Asia, num voo interno da Malásia entre Penang e Langkawi, voltou atrás por ter tido “dificuldades técnicas”.

O director-geral do transporte aéreo da Indonésia, Djoko Murjatmodjo, disse à AFP que o avião desaparecido – um A320 - transportava sete tripulantes e 155 passageiros – 138 adultos, 16 crianças e um bebé, actualizando os números anteriormente divulgados de que estariam 161 pessoas a bordo. A maioria são indonésios, mas a bordo seguiam pessoas de outros países: três são da Coreia do Sul, um da Malásia e um outro de Singapura. Havia ainda um britânico e o co-piloto era francês.

Este é o terceiro de três grandes incidentes a envolverem companhias aéreas da Malásia este ano. O voo MH370, da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo, despareceu em Março, quando fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim. O aparelho continua desaparecido. Em Julho, um segundo aparelho da mesma companhia, que operava o voo MH17, foi alegadamente derrubado no leste da Ucrânia, provocando a morte das 298 pessoas a bordo.

A Air Asia introduziu o conceito de voo low cost na Asia, com o mote “Now Everyone can fly – Agora qualquer um pode voar”. Tony Fernandes comprou a empresa em 2001 aos 37 anos por 25 cêntimos e de uma empresa falida com dois aviões envelhecidos, a Air Asia passou para uma companhia com 86 aviões a transportar 30 milhões de passageiros por ano.

As operações de busca estão a ser supervisionadas pela Indonésia (segundo a imprensa local, estão a cargo do vice-presidente) e Singapura com apoio da Malásia e Austrália e deverão recomeçar pelas 7h da manhã ou quando as condições o permitirem. Há relatos de que as operações se focavam numa área a 145 quilómetros da ilha de Belitung, entre Sumatra e Bornéu.

O desaparecimento do voo da Malaysia Airlines entre Kuala Lumpur e Pequim, do qual nunca foi encontrado um destroço, é dos maiores mistérios da aviação moderna. 

 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 

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