Os números ainda não são claros, mas uma onda de ataques na manhã desta segunda-feira terá matado pelo menos 22 pessoas e deixado mais de 100 feridos, dias antes das primeiras eleições, para organismos provinciais, desde a saída das tropas norte-americanas do país.

Os ataques ocorreram em Bagdad, Falluja (Oeste), Kirkuk e Samarra (Norte), Nassiriya e outras cidades do Sul, segundo as agências noticiosas.

Um total de 14 carros e três bombas colocadas à beira da estrada explodiram nestas cidades, disseram responsáveis médicos e de segurança. Um bombista suicida atingiu um posto de controlo perto do aeroporto da cidade, um alvo importante porque aquele local nunca tinha sido atacado, disse o correspondente da emissora pan-árabe Al Jazeera em Bagdad, Waleed Ibrahim, acrescentando ainda que foram atingidas tanto zonas sunitas como xiitas.

Os ataques acontecem a poucos dias das eleições. Estas estão a ser vistas como um teste à estabilidade do país após a saída das tropas dos Estados Unidos, e ainda como uma indicação da força política do primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, o que poderá dar alguma indicação para as eleições de 2014.  

A Al-Qaeda, diz a Al Jazeera, está a ganhar terreno no Iraque, especialmente nas zonas de deserto perto da fronteira com a Síria, onde combatentes extremistas iraquianos têm unido esforços com os grupos ligados à rede terrorista que combatem em território sírio.

A capacidade das forças de segurança iraquianas conseguirem assegurar que não há ataques relacionados com as eleições é importante numa altura em que a credibilidade do processo está a ser questionada depois de 14 candidatos terem sido assassinados. Nas eleições participam apenas 12 das 18 províncias do país. Ainda que a segurança no Iraque tenha melhorado desde o pico de violência de 2006-2007, Março foi o mês mais violento desde Agosto passado, com 271 mortos.