Ataque dos EUA a base da Al-Qaeda mata um refém americano e um italiano

Casa Branca não avança detalhes da operação. Wall Street Journal noticiou que um refém foi morto num ataque com um drone.

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Warren Weinstein, um dos mortos no ataque, foi raptado em Lahore, no Paquistão, em 2011 AFP

Um norte-americano e um italiano que estavam sequestrados pela Al-Qaeda na região fronteiriça do Paquistão e Afeganistão foram mortos em Janeiro, numa operação de contra-terrorismo dos EUA, informou, esta quinta-feira, a Casa Branca. No ataque foi também morto um dirigente americano da organização islamista.

Warren Weinstein e Giovanni Lo Porto foram mortos num ataque a uma base da Al-Qaeda. Numa mensagem escrita em que expressa a sua “imensa tristeza”, a Casa Branca diz que não tinha informações sobre a presença dos reféns no local. “Não há palavras para expressar o nosso pesar sobre esta terrível tragédia”, acrescenta.

A Casa Branca não avançou com detalhes sobre a operação. Mas o Wall Street Journal noticiou ter obtido a informação de que um refém foi morto acidentalmente num ataque com um drone.

“A análise de toda a informação disponível levou os serviços de informações a concluírem, com alto grau de certeza, que a operação provocou a morte acidentes de ambos os reféns”, indica a declaração, divulgada pelo assessor de imprensa Josh Earnest

Na operação foi igualmente morto Ahmed Farouq, apresentado com um norte-americano que fazia parte da liderança da Al-Qaeda. Outro cidadão dos Estados Unidos que pertencia à organização, Adam Gadahn, foi morto numa operação diferente.

“Assumo toda responsabilidade por estas operações e acho que é importante fornecer ao povo americano a máxima informação possível sobre as nossas operações de contraterrorismo, particularmente quando se perdem vidas de compatriotas nossos”, disse o Presidente, Barack Obama, numa declaração, pouco depois do anúncio. “Apresento as minhas mais sinceras desculpas às famílias.”

Warren Weinstein, que trabalhava para uma consultora norte-americana, foi raptado em Lahore, no Paquistão, em 2011. A Al-Qaeda pretendia trocá-lo por militantes seus aprisionados pelos Estados Unidos. Em 2012 e 2013 foram divulgados vídeos em que pedia a intervenção de Obama e se queixava de problemas cardíacos e de asma.

Giovanni Lo Porto tinha sido raptado em Janeiro de 2012, três dias depois de ter chegado ao Paquistão para trabalhar numa organização que construía casas para as vítimas de cheias de 2010. Outro homem foi raptado com ele mas foram separados. Mais tarde, este último foi libertado por forças especiais alemãs.

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