Ariel Castro faz acordo judicial e evita a possibilidade da pena de morte

Passará a vida na prisão, sem possibilidade de liberdade condicional.

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Arial Castro quando foi preso em Maio AFP

Ariel Castro, o homem que raptou e manteve cativas três mulheres no estado americano do Ohio, chegou esta sexta-feira a acordo com o tribunal, evitando o julgamento e uma possível pena de morte. Irá para a prisão o resto da vida, sem possibilidade de liberdade condicional.

Uma fonte do tribunal disse à CNN que Castro se declarou culpado perante o juiz, depois de os seus advogados terem chegado a acordo com a acusação. O advogado das três mulheres que Castro raptou disse que o acordo era bem-vindo, uma vez que as vítimas evitavam ter que testemunhar no julgamento, que estava marcado para o início de Agosto.

Ariel Castro foi acusado de 977 crimes, entre eles homicídio agravado, ao ter provocado um aborto numa das mulheres que mantinha presas na sua casa em Cleveland. Nos termos do acordo, considerou-se culpado de 937 desses crimes – no início do processo declarara-se inocente.

Castro raptou Michelle Knight, Amanda Berry e Georgina DeJesus, tendo a primeira das mulheres desaparecido em 2002. As mulheres (assim como uma criança de seis anos, filha de Castro e de Amanda Berry) foram libertadas em Maio, depois de uma delas, Berry, ter conseguido pedir ajuda a um vizinho que acorreu ao chamamento, apesar de ter pensado tratar-se de uma discussão doméstica.

"Vi a rapariga que tentava loucamente sair de casa", disse Charles Ramsey, o vizinho que pontapeou a porta até a conseguir abrir. Da casa saiu Amanda Berry e a filha, o serviço de emergência foi contactado e pouco depois a polícia estava no local, tendo encontrado as outras duas mulheres.

Amanda Berry tinha desaparecido em 2003 – na véspera de fazer 17 anos – depois de sair do seu turno num restaurante de hambúrgueres. Georgina DeJesus desaparecera em Abril de 2004, tinha 14 anos, e Michelle Knight em 2002, tinha 21 anos.

 
 
 
 
 
 

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