Nova análise indica que auxiliar de enfermagem espanhola estará livre do vírus do ébola

Depois de dois testes anteriores terem acusado vestígios do vírus, uma nova análise deu, pela primeira vez, resultado negativo.

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Manifestação de apoio à enfermeira espanhola que contraiu o ébola enquanto tratava dois pacientes JON NAZCA/REUTERS

A auxiliar de enfermagem espanhola que foi a primeira pessoa a contrair o ébola fora de África pode estar livre do vírus da doença, segundo mais uma análise realizada este domingo. Depois de dois testes anteriores terem indicado níveis vestigiais do vírus, uma nova análise acusou, pela primeira vez, resultado negativo.

Ainda será necessário fazer uma contra-análise, nos próximos dois dias, para confirmar que Teresa Romero, 44 anos, está livre do perigo da doença que já matou cerca de 4500 pessoas, em 9000 casos registados.

Romero contraiu o vírus enquanto tratava, num hospital de Madrid, dois religiosos que tinham contraído a doença na Libéria e na Serra Leoa, dois dos países mais afectados. Foi internada dia 6 de Outubro no Hospital Carlos III, em Madrid, onde ainda permanece.

Apesar do última análise ter dado negativo quanto ao vírus, o seu estado de saúde ainda inspira cuidados. Segundo o jornal espanhol El Pais, Romero tem os pulmões muito afectados e apenas começou a ser alimentada normalmente, por via oral, há três dias. Além disso, deverá permanecer sob observação pelo menos por mais três semanas, que é o período de incubação do vírus, para garantir que a infecção não volte.

O caso de Teresa Romero lançou uma onda de preocupação sobre as medidas de segurança para se evitar a expansão do vírus do ébola para fora das regiões mais afectadas em África. O receio aumentou com dois casos semelhantes em Dallas, nos Estados Unidos, onde a inquietação tem levado ao encerramento de escolas e a sugestões de que se fechem as fronteiras para voos de determinados países africanos.

No sábado, o Presidente Barack Obama disse que tais medidas não são necessárias, e que o ébola tem de ser combatido com ciência, sem “a histeria do medo”.

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