Americano tenta nadar até à Coreia do Norte para conhecer Kim Jong-un

Homem foi encontrado na margem sul-coreana e foi detido pelas autoridades do país.

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Kim Jong-un chegou ao poder em Dezembro de 2011, após a morte do pai, Kim Jong-il REUTERS/KCNA

Um cidadão norte-americano foi detido pelas autoridades da Coreia do Sul quando tentava chegar à Coreia do Norte a nado, aparentemente com o objectivo de conhecer o líder do país, Kim Jong-un.

Os fuzileiros das Forças Armadas da Coreia do Sul que patrulham o rio Han encontraram o homem deitado na margem, exausto, avança a agência de notícias sul-coreana Yonhap, que cita uma fonte do Governo, não identificada.

O homem, que terá cerca de 30 anos de idade, disse às autoridades sul-coreanas que queria entrar na Coreia do Norte para conhecer Kim Jong-un.

A porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Seul, Nida Emmons, disse à agência Reuters que o homem em causa está a ser acompanhado. "Não temos mais informações para partilhar, mas temos mantido contacto com as autoridades sul-coreanas sobre este assunto", disse a responsável.

Em Abril, um outro cidadão norte-americano, Matthew Miller, de 24 anos, foi detido depois de ter entrado na Coreia do Norte como turista. Miller foi condenado no domingo a seis anos de trabalhos forçados por "actos hostis" contra o Estado norte-coreano, após ter rasgado o seu visto de turista quando entrou no país, pedindo a seguir asilo político.

Matthew Miller é um dos três norte-americanos que se encontram neste momento presos na Coreia do Norte. Um deles, Jeffrey Fowle, 56 anos, foi detido em Maio depois de ter deixado um exemplar da Bíblia num local público. O missionário Kenneth Bae, detido em Novembro de 2012, está a cumprir 15 anos de trabalhos forçados, acusado de fazer parte de um plano para derrubar o Governo norte-coreano.

Os três esperam que os Estados Unidos enviem uma alta personalidade à Coreia do Norte para negociar a sua libertação. Em 2009, o ex-presidente Bill Clinton deslocou-se ao país, conseguindo libertar dois jornalistas norte-americanos. Em 2010, o também ex-presidente Jimmy Carter conseguiu a libertação do missionário Aijalon Gomes, condenado a oito anos de trabalhos forçados.

Deste vez, os Estados Unidos já propuseram enviar ao país o seu representante especial para os assuntos de direitos humanos na Coreia do Norte, Robert King. mas o Governo de Pyongyang cancelou as visitas.

As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, depois de o conflito de 1950-53 na península ter terminado com uma trégua e não com um acordo de paz. A fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul é uma das mais militarizadas do mundo.

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