A misteriosa “viúva branca”

Movimento islamista desmentiu participação da britânica Samantha Lewthwaite e de norte-americanos no ataque em Nairobi.

Foto
O passaporte falso de Samantha Lewthwaite, que o Governo do Quénia acredita ter participado no ataque Reuters

O movimento islamista Al-Shabab desmentiu as informações avançadas pela ministra dos Negócios Estrangeiros do Quénia, Amina Mohamed, que apontou para a participação no ataque de dois jovens norte-americanos, de “18 ou 19 anos”, bem como de uma mulher de nacionalidade britânica e “que já fez coisas como estas muitas vezes”. A referência corresponderia à descrição de Samantha Lewthwaite, conhecida como a “viúva branca”: o seu marido, Germaine Lindsay, foi um dos bombistas no atentado contra o sistema de transportes de Londres a 7 de Julho de 2005.

O envolvimento de Lewthwaite no ataque ao Westgate não foi oficialmente confirmado, e o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico aconselhava “cautela” na avaliação da informação transmitida por diversas fontes no Quénia. Mas a especulação tornou-se inevitável e começaram a surgir alguns dados sobre Lewthwaite como uma jovem tímida que se converteu ao Islão aos 15 anos e se dedicou ao estudo de Política e Religião na conceituada School of Oriental and African Studies de Londres.

Ao contrário do marido, que se radicalizou numa mesquita da capital britânica, Samantha dava a impressão de desprezar a violência em nome da religião. A jovem, que estava grávida do segundo filho em Julho de 2007, sumiu após os ataques de Londres — alguns jornais britânicos disseram que mudou de nome (a sua foto aparece num passaporte da África do Sul com o nome de Natalie Webb, emitido em 2011). Mas, no ano passado, Lewthwaite reapareceu no Quénia, onde é procurada pela polícia por suposto envolvimento numa conspiração terrorista.

Sugerir correcção
Comentar