A lutar para que a luta não pare

Menos sal, menos açúcar, menos gordura. À primeira-dama faltam menos de dois anos para mostrar resultados do programa contra a obesidade. Com apoio do Congresso e a introdução de nova legislação para regrar a forma como os americanos comem, o índice de obesidade infantil desceu, mas uma em cada três crianças ainda tem excesso de peso.

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Cinco anos depois de lançar o seu Let’s Move (Toca a Mexer), a disponibilidade de Michelle Obama para “fazer figuras tristes” é ainda a parte mais visível da sua campanha contra a obesidade infantil. Dançando com um nabo, com o Big Bird ou com Jimmy Fallon.

Mas nos bastidores Michelle Obama desenvolveu parcerias com grandes empresas para reduzir o sal, açúcar e gorduras dos alimentos. É a primeira primeira-dama com uma rede de relações empresariais deste tipo, e isso tem-na ajudado a contornar as resistências do Congresso, dominado pelos republicanos, às políticas de saúde da Administração. Em alguns casos, os seus aliados partilham as suas posições, mas no mínimo vêem vantagem em associar-se publicamente à sua campanha para uma alimentação saudável.

As manobras de Michelle Obama são controversas — até que ponto é que uma primeira-dama pode emprestar o seu estatuto e visibilidade a empresas comerciais? — mas também estratégicas. Espera, e os seus assessores também, que com isso consiga resultados duradouros.

O Congresso tem alguma influência na forma como os americanos comem. Mas os comerciantes de alimentos — incluindo a Wal-Mart, o maior de todos, com 206 mil milhões de dólares em vendas no sector alimentar durante o ano passado, e um dos principais parceiros de Michelle Obama — têm certamente ainda mais e respondem mais rapidamente à procura do consumidor.

Tal como o Presidente, Michelle Obama tem menos de dois anos para garantir os avanços que fez e o seu legado como primeira-dama, que vai muito além da influência na moda ou das visualizações no YouTube. Os níveis de obesidade nas crianças entre os dois e os cinco anos diminuíram enre 2003 e 2012, de acordo com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, e alguns estados comunicaram recentemente ter feito avanços contra a obesidade em crianças desfavorecidas.

Mas em 20 anos isto não mudou: uma em cada três crianças americanas tem excesso de peso ou são obesas, uma crise de saúde pública com potencial para afectar toda uma geração e custar biliões de dólares em tratamentos médicos.

Para combater isso, Obama tem defendido mudanças rápidas, algumas transpostas para legislação e outras impostas por poderes federais, com foco na responsabilidade pessoal, mas também na assistência à população mais pobre. As cadeias de restaurantes, os cinemas e as pizzarias de vendas para fora estão obrigadas a listar as calorias nos seus menus até ao final do ano. A Food and Drug Administration [que regulamenta a venda de alimentos e medicamentos nos EUA] está a finalizar a actualização mais abrangente até agora na rotulagem de produtos nutricionais.

A alteração que provocou mais reacções foi também aquela que passou em 2010 a lei federal, aprovada com apoio bipartidário. O programa de almoço escolar, que fornece refeições grátis a preços reduzidos a mais de 21 milhões de crianças com poucos rendimentos, obriga agora a que se inclua mais fruta, legumes, cereais e proteínas e lacticínios com pouca gordura.

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A primeira-dama num evento do seu programa Let's Move, em em Maio de 2011 Chuck Kennedy/White House

Alguns comentadores conservadores, deputados e pessoal auxiliar das cantinas acusaram as novas directivas de estarem a impor a mesma dieta a todas as crianças e a fazer aumentar o desperdício alimentar. Os alunos têm colocado fotografias dos almoços que não gostam nas redes sociais, com a hastag #ThanksMichelleObama. O Congresso recuou em algumas mudanças introduzidas nos almoços escolares e no programa federal que garante cuidados nutritivos suplementares a mulheres com rendimentos baixos e aos seus filhos com idades inferiores a cinco anos. O próximo Congresso ou inquilino na Casa Branca poderá facilmente desfazer o resto.

Michelle Obama soube desde logo que teria de enfrentar uma oposição política no confronto contra a obesidade infantil, afirmaram os assessores da Casa Branca, e insistiu que o seu gabinete trabalhasse com base em medidas que pudessem continuar em prática quando ela deixasse de ser primeira-dama.

Ao manter os seus críticos concentrados na tarefa de ajudar as crianças e envolver a indústria alimentar e os promotores da saúde pública, Obama descobriu rapidamente que é pouco aquilo que os une numa questão tão fundamental para a vida dos americanos como a alimentação.

“Isto é do mais controverso que existe. Não ficámos de todo surpreendidos pelas más reacções”, afirma Sam Kass, amigo próximo dos Obama que trabalhou como seu chef pessoal quando ainda viviam em Chicago e que se tornou o principal assessor da Administração para a política de alimentação e director executivo da campanha Let’s Move. Diz que a sua patroa estava determinada a trabalhar com a indústria alimentar — apesar dos riscos e das complicações — porque eles “desempenham um papel gigantesco”.

“Obviamente, são eles que alimentam toda a gente”, declara Kass durante uma entrevista antes de se demitir, há cinco meses. “É um conjunto de questões complicadas e não há apenas uma razão para termos chegado ao ponto a que chegámos, tal como não há apenas uma estratégia para resolver isto.”

Com a aprovação de Obama, que não quis ser entrevistada para este artigo, Kass negociou com a Wal-Mart, o maior retalhista do mundo, um plano para cortar o sal, açúcar e gordura das suas linhas de produtos.

A primeira-dama elogiou publicamente os centros de tempos livres com fins lucrativos por seguirem as directivas para uma melhor alimentação nos seus programas pós-horário escolar. Conseguiu acordos para que dessem legumes às crianças. Incentivou os americanos a beberem mais água, como parte de uma iniciativa conjunta com a American Beverage Association, que queriam aumentar as vendas da água engarrafada quando os lucros dos refrigerantes caíram.

Estes esforços — desenvolvidos fora da Casa Branca com o grupo sem fins lucrativos Partnership for a Healthier America (Parceria para uma América Saudável) — obtiveram resultados modestos. E os encontros de Michelle Obama com presidentes de empresas levantaram questões entre os peritos em saúde sobre se ela não estaria a dar cobertura a uma indústria que não acompanha o ritmo e anda a arrastar os pés.

Quando a primeira-dama aparece nos eventos do Let’s Move com um porta-voz dos refrigerantes como LeBron James e a Byoncé [que aparece em anúncios da Pepsi], está a apoiar implicitamente os produtos que são responsáveis pela epidemia da obesidade, acusam alguns defensores da saúde pública. “A Byoncé colocou o Let’s Move num confrangedor conflito de interesses”, escreveu Marion Nestle, professora de Nutrição e de Saúde Pública da Universidade de Nova Iorque, no seu blogue Food Politics, depois de um evento.

Margo Wootan, directora da política de nutrição do Center for Science in the Public Interest, uma das principais organizações de defesa da saúde, afirmou que é politicamente impensável esperar que a primeira-dama denuncie publicamente uma grande empresa alimentar — e adiantou que aprecia os esforços de Obama em trabalhar com essas empresas em privado sobre as formas de melhorar a comida que processam. “Ela é uma celebridade e tem estatuto. É uma cenoura para que as empresas queiram melhorar... Eu tenho imensos paus”, comentou Wootan, cuja organização ameaçou repetidamente processar as empresas alimentares devido às suas práticas de marketing. “Eu não tenho muitas cenouras. A cenoura dela e o meu pau funcionam muito bem juntos.”

Nestle afirma que ter tirado a junk food das máquinas de venda nas escolas e levar mais informações nutricionais para os menus e rótulos “são conquistas enormes a todos os níveis e deve acabar com qualquer ambiguidade sobre se o Let’s Move foi eficaz. Foi”.

As parcerias encaixam na abordagem mais alargada de Obama à política alimentar, que inclui a participação das empresas que ganham dinheiro com a junk food. “Um Twinkie [bolo indusrial] não é um cigarro”, disse a um entrevistador quando lançou a campanha Let’s Move, em 2010. “O que os pais precisam é apenas de informação sobre o que contém um Twinkie e quantos podemos comer. Não é que não possamos comer um Twinkie.”

Pamela Bailey, presidente da Grocery Manufacturers Association, afirma que Obama tem sido uma pessoa com quem a indústria consegue trabalhar, em parte por ocupar uma posição intermédia. “Ela não está a tentar ser uma polícia da comida. Ela une as pessoas”, comenta Bailey. “O seu papel e interesse neste tema acelerou o nosso trabalho.”

A sua primeira aliança com o sector foi o plano de 2010 com a indústria de alimentos e bebidas para reduzir 1,5 biliões de calorias na comida vendida nos Estados Unidos até ao final de 2015, através de produtos menos calóricos, alteração de receitas e redução das doses. Michelle Obama apareceu ao lado do dono da Kellogg’s, fabricante de cereais, e clamou vitória contra a obesidade infantil através de um “acordo por parte do sector privado para melhorar os valores nutricionais dos alimentos que pomos à mesa ou que comemos a correr”.

Ao juntar-se à Parceria para uma América Saudável, que trabalha com Michelle Obama, a Healthy Weight Commitment Foundation — uma grande aliança da indústria alimentar — marcou pontos políticos fazendo simplesmente o que já tinha planeado fazer: reformular produtos e criar embalagens mais pequenas para os consumidores que procuram os seus produtos. No ano passado, as empresas anunciaram que atingiram o seu objectivo e reduziram 6,4 biliões de calorias nas suas vendas, quatro vezes aquelas que tinham prometido e antes do prazo estipulado.

Também no ano passado, a procura de produtos orgânicos fez subir 10% as vendas em relação ao ano anterior, perfazendo 36 mil milhões de dólares, de acordo com a Organic Trade Association.

“Se quisermos ser cépticos, a indústria apenas analisou o caminho que o mercado estava a tomar e depois prometeu aquele resultado tentando ganhar pontos com isso”, afirma Kelly Brownell, especialista em obesidade na Sanford School of Public Policy, da Duke University, e consultora na Casa Branca. “Se formos menos cépticos, diremos que a indústria está a fazer um verdadeiro esforço para melhorar os seus produtos.”

Jeff Stier, do National Center for Public Policy Research, conservador, começou por pensar que a primeira-dama estava a assumir uma posição intermédia na política alimentar, mas agora afirma que a campanha ficou “desnorteada” e que caminha para um Estado protector (nanny state). “Talvez os americanos não apoiem uma forte campanha do Governo a dizer-nos o que devemos comer”, declara Stier.

Para Michelle Obama, a sua função é apoiar a Administração do marido — o que significa tentar ter alguma influência ao mesmo tempo que se evitam os riscos políticos. O seu enorme valor para a Casa Branca não se fica apenas pelo rosto charmoso; as questões da alimentação e do exercício físico tornaram-se centrais.

Faz exercício pelo menos cinco dias por semana, escapulindo-se da Casa Branca para as aulas no Solidcore e no SoulCycle. Toda a família só come sobremesas ao fim-de-semana e exibe ramos de cenouras durante os almoços com grupos de miúdos. Quando fez um vídeo a dançar com um nabo ao som do hit Turn Down for What, ninguém estava à espera, mas ao mesmo tempo pareceu uma coisa autenticamente sua. O vídeo foi visto mais de 44 milhões de vezes desde que foi publicado no início de Outubro. Obama disse: “Estou disposta a fazer uma figura completamente triste para estes miúdos se mexerem.”

Por duas vezes foi ao talk show de Jimmy Fallon fazer a “dança das mães”, abanando o rabo juntamente com o anfitrião, com ele vestido como uma mãe. Atravessou a Casa Branca dentro de um saco de batatas para uma corrida e convidou o programa Biggest Loser [em Portugal, teve o nome Peso Pesado, reality show sobre perda de peso] para um exercício em grupo na mansão. Sentou-se ao lado dos dois Marretas — Rosita e Elmo — numa conferência de imprensa e falou-lhes do acordo feito com a Rua Sésamo para que os produtores de frutos e vegetais pudessem usar as personagens da série nos seus produtos destinados a crianças.

A visão a longo prazo da história tem o seu modo próprio de avaliar as causas das mulheres que estiveram em funções ao lado dos seus maridos presidentes. A Highway Beautification Act que Lady Bird Johnson ajudou a aprovar é agora vista como um dos pilares fundadores da conservação do espaço público. Betty Ford ajudou a quebrar o tabu da discussão sobre o cancro da mama. Laura Bush criou festivais literários no Texas e em Washington, que todos os anos continuam a atrair milhares de visitas.

Não há dados analíticos fiáveis para determinar o poder do púlpito em tempo real, nem tão-pouco para contar o número de crianças em idade pré-escolar que depois de verem Michelle Obama na televisão se convencem a comer espinafres, ou dos pais que por a verem na capa da Cooking Light começam a preparar refeições melhores. Também é difícil estabelecer conclusões científicas sobre a queda de níveis de obesidade e das calorias ingeridas.

No caso de Obama, a sua relação próxima com o titã da venda de produtos alimentares Wal-Mart poderá levar às maiores mudanças conseguidas pelo Let’s Move: comida embalada mais saudável a ser vendida aos consumidores.

Wal-Mart foi das primeiras empresas a contactar o gabinete da primeira-dama. A relação foi evoluindo lentamente ao longo dos meses de conversações enre Kass e Leslie Dach, que era então o vice-presidente executivo da companhia responsável pela comunicação.

Mas os alicerces para essa relação foram erguidos nos anos antes de Michelle Obama se ter encarregue da obesidade infantil. A sua posição na gerência da TreeHouse Foods, um fornecedor fundamental dos produtos de marca branca da Wal-Mart, permitiu-lhe tornar-se íntima do negócio e tornaram-na uma figura do Partido Democrata com quem uma empresa como a Wal-Mart, cujos proprietários são grandes financiadores republicanos, poderia trabalhar. Obama demitiu-se da TreeHouse em 2007.

Enquanto Obama tentava adaptar-se ao seu papel de primeira-dama, em 2009, e desenvolvia o seu projecto Let’s Move, a Wal-Mart passou esse período a inquirir os seus clientes sobre alimentação saudável e a organizar grupos de auscultação com clientes a quem chamavam “mães Wal-Mart”. Essas mulheres referiram que fazer compras de produtos saudáveis era um exercício frustrante e dispendioso, recorda Jack Sinclair, antigo vice-presidente do departamento de mercearias da Wal-Mart Estados Unidos. Na Primavera desse ano, a empresa reuniu uma dezena de defensores de alimentação saudável e nutricionistas em Nova Iorque para debater o que poderia fazer de forma a tornar a comida que vendiam mais saudável.

Antes de assumir funções no departamento de comunicação da Wal-Mart, Dach tinha sido um estratega da campanha democrata, e via Michelle Obama como alguém que a Wal-Mart deveria seduzir.

A empresa chegou à Casa Branca com um conjunto de objectivos, incluindo a abertura de lojas em zonas rurais e bairros urbanos onde não havia grandes lojas e adicionar um rótulo “faz-lhe bem” para que os clientes pudessem identificar facilmente quais os produtos de marca branca que eram mais nutritivos. O rótulo foi colocado em legumes frescos e congelados, leite branco meio gordo e magro, iogurte e alimentos com cereais 100% integrais. Os nutricionistas fizeram boas críticas ao rigor, mas criticaram duramente a inclusão de sumos de fruta 100% naturais.

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A colheita na horta da Casa Branca, com crianças, em Outubro do ano passado Jonathan Ernst/Reuters

A ideia que mais entusiasmou o gabinete de Michelle Obama foi a garantia dada pela empresa de que iria reduzir a quantidade de açúcar, sal e gordura na comida que vendia. Dach e Kass andaram durante meses a discutir os limites de sal e açúcar, ao mesmo tempo que debatiam formas de a empresa levar os fornecedores a baixar os preços dos cereais integrais, frutas e legumes.

Finalmente acordaram no objectivo de eliminar as gorduras trans [feitas a partir de gorduras vegetais para uso na indústria alimentícia], reduzir o açúcar em 10% e o sal em 25%, por comparação aos artigos armazenados em 2008. O novo objectivo aplicava-se a 67 categorias alimentares da loja, incluindo iogurte, cereais, refeições empacotadas, tortilhas, ketchup e molho de massa.

Estas mudanças têm o potencial de provocar reverberações em toda a indústria do sector devido à escala gigantesca da empresa.

A decisão da Wal-Mart de aumentar os seus cerca de 500 mil funcionários desencadeou uma corrida ao aumento do salário mínimo noutras cadeias de retalho. A sua oposição à lei da liberdade religiosa do Indiana, veiculada directamente pelo director executivo ao governador do estado, ajudou a levar à revisão da lei.

Quando a Wal-Mart pediu aos seus fornecedores para fabricarem tortilhas com menos sal, eles ajustaram as receitas. A equipa de Michelle Obama viu aqui um possível efeito de ricochete: se os fornecedores estavam a fazer tortilhas com menos sal para a Wal-Mart, não iriam fazer outras, separadas, mais salgadas, para outros supermercados. O mesmo aconteceu quando a empresa exigiu menos água nos detergentes líquidos. As embalagens da Wal-Mart ficaram mais pequenas — tais como as de todos os outros.

“Tirar açúcar do iogurte foi muito fácil para nós”, diz Sinclair. “Acho que os fabricantes colocavam mais do que pensavam que estavam a colocar.”

Mas atingir o objectivo do sal é mais difícil. O pão que agora vende tem menos 16% de sal, segundo a empresa. As tortilhas têm menos 9% de sódio. Mas as variedade baixas em sódio de alguns produtos, como sopas, têm sido um falhanço nas caixas registadoras. Menos de 6% dos produtos que vendem contêm gorduras trans.

Para celebrar a mudança, a primeira-dama organizou mais um evento com a Wal-Mart, dando uma volta na loja de Springfield (no Missouri) com algumas mulheres que são clientes habituais.

Nos próximos dois anos, Michelle Obama terá de continuar a envolver-se na política alimentar de forma a preservar os avanços feitos. Enquanto continuam as celebrações do quinto aniversário do Let’s Move, a Administração tentará precaver-se contra os desafios que a lei sobre alimentação infantil, que está por trás da campanha antiobesidade da primeira-dama, irá enfrentar. A Casa Branca prevê que o Congresso, a indústria alimentar e a School Nutrition Association voltem à carga contra os padrões das refeições escolares, que os opositores dizem ser demasiado caras e que afastam os miúdos do programa de alimentação escolar, levando a mais desperdício alimentar.

Michelle Obama tem tomado medidas para garantir que o seu trabalho não se perde. Os lucros do seu livro sobre jardinagem de 2012, American Grown, foram para a National Park Foundation, sem fins lucrativos, que utiliza as verbas para financiar o programa de jardinagem e alimentação saudável da Casa Branca. A Partnership for a Healthier America continuará a funcionar mesmo quando o Presidente Obama deixar o cargo. A Robert Wood Johnson Foundation comprometeu-se recentemente a canalizar 500 milhões de dólares (425 milhões de euros) para a luta contra a obesidade infantil.

Nos últimos meses, a primeira-dama garantiu que iria continuar.

“Todos sabemos que, por cada pessoa no país que saiu em defesa desta questão, existem várias simplesmente à espera que nos fartemos”, disse num evento do Let’s Move em Fevereiro. “Estão só à espera que nós declaremos vitória e nos desviemos para outro assunto.”

Foi ao mesmo tempo o reconhecimento de que o seu legado não está ainda seguro e um aviso de que não se irá embora até que ele esteja.

Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post

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