Portugal contribuirá com 25 milhões de euros nos próximos dois anos

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sublinhou a importância de iniciativas como a Plataforma Global de Assistência a Estudantes Sírios, criada por Jorge Sampaio.

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O ministro sublinhou "o esforço bem significativo na actual situação orçamental portuguesa" Toby Melville /Reuters

Portugal contribuirá com 25 milhões de euros para a resposta à emergência humanitária na Síria, disse esta quinta-feira  o ministro dos Negócios Estrangeiros, que participa na conferência de líderes mundiais "Apoiar a Síria e a Região", a decorrer em Londres.

"Nos próximos dois anos, [Portugal vai contribuir com um montante] à roda dos 25 milhões de euros, o que é um esforço bem significativo na actual situação orçamental portuguesa", afirmou Augusto Santos Silva à agência Lusa.

Essa contribuição vai distribuir-se pelos anos de 2016 e 2017, adiantou, e refere-se aos 24 milhões de euros que Portugal disponibilizará no âmbito da acção de apoio europeu à Turquia para gerir o fluxo de refugiados provenientes da Síria, e mais um milhão de euros através de "outros institutos de apoio à Síria".

No entanto, o ministro argumentou que "o dinheiro é um instrumento e que se acrescenta à paleta de instrumentos de resposta à emergência humanitária", e referiu-se à Plataforma Global de Assistência a Estudantes Sírios criada pelo ex-Presidente da República Jorge Sampaio, sobre a qual falou em Londres.

O programa apoia estudantes sírios que, devido à situação no país, viram interrompidos os seus estudos, e visa ajudá-los a prosseguirem os estudos superiores em diferentes países e completarem a sua formação universitária.

O ministro defende que o programa, que permite à Síria manter capacidade de formação dos quadros de que necessitará na reconstrução, é um "exemplo de uma resposta específica de apoio a populações em situação de carência que pode ser replicada noutras circunstâncias similares".

Nos dois anos em funcionamento, a Plataforma já ajudou 150 estudantes sírios em dez países, cerca de metade dos quais estudou  em Portugal.

"É um instrumento de apoio que vale a pena conhecer, vale a pena difundir e vale a pena replicar em circunstâncias semelhantes", vincou.

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