Diamantes de sangue sem controlo

Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria

a Um dos criadores do acordo de certificação para impedir a transacção dos "diamantes de sangue", que alimentam conflitos em vários países, afastou-se por considerar que os Governos e a indústria estão a falhar no combate às violações do acordo. Entrevistado pelo diário britânico The Independent, Ian Smillie disse que o processo já não está a funcionar. Foi criado em 2003, para dar confiança a quem, querendo comprar diamantes, queria ter a certeza de que a jóia não tinha financiado uma guerra. Mas, diz Smillie, o sistema "não está a regular o mercado bruto de diamantes. Está a deixar que os criminosos se safem".
Apesar de o Kimberley Process regular mais de 99 por cento do mercado de diamantes em bruto, vários especialistas têm alertado para o facto de grupos de criminosos estarem a entrar no negócio com diamantes de zonas de conflito que chegam às lojas de Londres, Paris ou Nova Iorque, adianta o Independent.
As denúncias de Smillie foram feitas quando 49 membros do Kimberley Process, entre representantes de Governos, da indústria e da sociedade civil, se reúnem na Namíbia para debater o sistema.
De África chegam relatos de atrocidades. Segundo a organização Global Witness, tem havido contrabando destas pedras preciosas na Costa do Marfim e, no Zimbabwe, centenas de exploradores de diamantes foram massacrados no ano passado pelo Exército. Para lá de África, também se tem verificado comércio ilegal de diamantes no Líbano ou na Venezuela.

Sugerir correcção