Brasil

Uma biblioteca sobre o Rio de Janeiro, a cidade em que o melhor “são as pessoas”

Há 20 anos, o escritor brasileiro Ruy Castro entrou num alfarrabista em França e encontrou um livro chamado “Rio”. Eram as memórias de um antigo embaixador americano no Rio de Janeiro. Comprou o livro e assim começou uma extensa colecção de livros sobre o Rio de Janeiro, uma das suas paixões. “Tudo o que o sei aprendi no Rio, por causa do Rio. Tenho um amor desmedido pela cidade”, confessa o escritor, que não hesita em dizer que tudo o que faz é feito do ponto de vista carioca. Agradado com o aparecimento de um espírito de conservação da história da cidade, Ruy Castro diz que os turistas “têm grande fascinação pelo aspecto visual”, por esta ser “talvez a única metrópole à beira-mar do mundo”. Mas para ele “a melhor coisa que tem no Rio são as pessoas”: “São Paulo tem gente do mundo inteiro e você sabe muito bem quais são. De um lado ficam os portugueses, do outro os japoneses, do outro os italianos, do outro os nordestinos, do outro os negros. Ninguém se mistura, muitos se odeiam aos outros. Aqui não. Aqui todos são cariocas. Tem gente de todas as partes do Brasil e do mundo inteiro e todos são cariocas. Essa é uma grande coisa”, diz o escritor, que após uma entrevista à 2 nos fez uma visita guiada pela sua imensa biblioteca. Será que Ruy Castro já leu todos esses livros. “Claro que não. Eu não sou maluco”, responde o escritor e jornalista.