Augusto Inácio, actualmente no Egipto a treinar o Zamalek, protagonizou um novo capítulo no recente historial de conferências de imprensa atribuladas de treinadores portugueses no Médio Oriente. Depois da relação difícil de Toni com os jornalistas iranianos enquanto treinador do Tractor e do "I talk about what I want" lançado por Vítor Pereira quando treinava o saudita Al-Ahli, Inácio utiliza a oportunidade junto dos jornalistas para se defender de alegadas acusações feitas pelo presidente do clube egípcio.

"O presidente pode-me atacar com tudo o que quiser mas não pode dizer mentiras", afirma o treinador português. Após rebater várias críticas que Mortada Mansour tem alegadamente difundido sobre si, Inácio refere-se ao ambiente de assentimento que rodeia o presidente do clube. Num momento caricato, Inácio agarra numa lata de Pepsi que tem à sua frente e defende que, caso o presidente do clube afirme que aquilo é uma lata de Coca-Cola todos os que se encontram à sua volta irão concordar. "Porque todos têm medo. Têm medo de perder o emprego", acusa o treinador. "Eu não tenho medo de perder o emprego. Isto para mim não é Coca-Cola, é Pepsi. E este é o grande problema", conclui.