No último sábado um grupo de cerca de cem pessoas manifestou-se em Lisboa a favor da cannabis, uma acção integrada na Marcha Global da Marijuana. A caminhada começou no Jardim das Amoreiras e terminou no Miradouro de S. Pedro de Alcântara. Durante a marcha foram entoados cânticos como “deixa passar, deixa, que eu fumo ganzas e o mundo eu vou mudar”, “legal como a imperial” e “chega de hipocrisias; legalizem a maria”.

No manifesto da Marcha Global da Marijuana, pode ler-se: “A política proibicionista e penalizadora do uso da cannabis é um enorme falhanço. Não teve sucesso em diminuir ou eliminar o consumo; é injusta; não protege os consumidores e prejudica os mais vulneráveis; alimenta mercados ilícitos; é cara e cria obstáculos à intervenção na saúde e investigação. Entendemos que é tempo de verdadeiramente despenalizar o consumo e aquisição da cannabis, através de uma regulação rigorosa.” Os manifestantes comparam a substância ao álcool, que, sendo legal, é mais “danoso” e mais “perigoso” do que a cannabis. Os activistas sublinham os benefícios medicinais e terapêuticos que esta droga pode ter.

Foi em 2008 que aconteceu a primeira Marcha Global da Marijuana em Portugal, integrada num movimento mundial que começou em Nova Iorque, em 1999. 

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