Museu Nacional de Arte Antiga

Depois da queda, o arcanjo São Miguel prepara-se para regressar

O São Miguel Arcanjo que, em Novembro do ano passado,  foi derrubado por um visitante no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), está a ser restaurado e em Maio voltará a integrar a exposição do museu.

Os braços estão fracturados e um dos dedos da mão está igualmente partido. Mas não se trata de um paciente qualquer num serviço de urgências após uma queda. Neste caso o paciente é uma escultura barroca do século XVIII. O São Miguel Arcanjo que, em Novembro do ano passado,  foi derrubado por um visitante no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), está a ser restaurado e em Maio voltará a integrar a exposição do museu.

Nos pisos inferiores do MNAA, os técnicos de conservação e restauro dedicam o seu tempo a colar os fragmentos fracturados, a reforçar alguns elementos fissurados e a repor a policromia da peça. Ainda que o objectivo seja tentar deixar a escultura no estado em que se encontrava antes da queda, a técnica de conservação e restauro Conceição Ribeiro esclarece que este "não é um trabalho fácil". O trabalho de conservação e restauro implica decisões e consensos acerca das intervenções a efectuar e as marcas que devem ou não ficar visíveis após o trabalho ser finalizado."Para se perceber também que há sempre uma marca da vivência" da peça, explica a técnica.

Salvaguardando a infelicidade do incidente que obrigou ao restauro da escultura, Maria João Vilhena, Conservadora da Colecção de Escultura do museu, revela que a investigação posterior ao incidente permitiu descobrir novos dados sobre a peça. Nomeadamente o autor da obra, cujo nome será revelado em Maio, quando a peça regressar às galerias do Museu de Arte Antiga.