Dez tendências que vão marcar o digital em 2014

O ano de 2014 promete dar continuidade à revolução digital.

O ano de 2013 mudou o universo da Internet. Os smartphones ganharam espaço – já são utilizados por quase quatro milhões de portugueses –, o acesso móvel ao mundo online e as apps generalizaram-se e deu-se o verdadeiro début político nas redes sociais.

O Facebook e o Twitter foram ferramentas mobilizadoras de manifestações organizadas, como os movimentos Que se Lixe a Troika (Portugal) e Passe Livre (Brasil) – responsável pelos principais protestos que transformaram a cidade de São Paulo. O ano de 2014 promete dar continuidade a esta revolução. Eis as 10 tendências que vão marcar o digital em 2014.

1. Monitorização centrada no consumidor

A monitorização das redes sociais deve ampliar o foco, evoluindo de brand-centered a consumer-centered. Além das marcas, passa a olhar também para o consumidor e para as suas relações com elas. O próximo desafio é descobrir essa relação isolando grupos de consumidores, compreendendo a sua jornada, check-ins, desejos de compra e hábitos.

2. Ano da publicidade no Twitter

O Twitter estará mais forte, impulsionado pela sua entrada em bolsa. O uso de hashtags em programas de televisão promete impulsionar o tráfego e abrir os olhos dos anunciantes. Milhões de utilizadores em todo o mundo irão consumir pela primeira vez anúncios na plataforma Twitter Ads.

3. Casamento entre a big data e os social media

Big data (grande volume de informações digitais com as quais as empresas têm de lidar) e social media vão finalmente mostrar as suas aplicações. Muitos data scientists irão aplicar técnicas como basket analysis, clustering e correlações a dados de social media para conhecer melhor os hábitos do consumidor e as suas marcas.

4. Mobile deixa de ser promessa e torna-se uma certeza

O mobile vai explodir em apps úteis e bem desenhadas. As marcas vão perceber que precisam de estratégias de longo prazo para criar, distribuir e captar a atenção do consumidor.

5. Social targeting é o novo marketing

Com a implantação do social login (conexão por login das próprias redes sociais), mais informações sociais do consumidor serão obtidas pelas marcas de consumo, que, combinadas com as informações obtidas através da monitorização, podem proporcionar aos comerciantes uma gestão do relacionamento mais próxima e personalizada.

6. Audiência do “segundo ecrã”

O “segundo ecrã” e a audiência dos dados decorrentes da interação dos utilizadores com Twitter e Facebook entraram definitivamente na ordem do dia. Em 2013, algumas séries de televisão nos EUA não foram canceladas graças à audiência dos social media. O assunto mobilizou meios de comunicação, empresas de medição de audiência e anunciantes que, em 2014, passarão a dar mais atenção nos números do “segundo ecrã”.

7.  Fim dos comunicados oficiais

Crises por recall ganharam uma nova dimensão com as redes sociais. Em 2014, a linguagem rebuscada dos comunicados oficiais deve dar lugar a formatos mais “sociais” como vídeos, posts ou infográficos. As conversações em tom humano, defendidas pelo Cluetrain Manifesto, em 1999, devem finalmente passar a constar da gestão da comunicação empresarial.

8. Menor consumo linear de media

O crescimento dos acessos ao YouTube e de serviços de gravações automáticas e videoclube, aliados a pirataria, contribuem para o consumo não-linear de media. Isto é, não existe expectativa pelo filme que passa na noite de segunda-feira. Agora é possível ver qualquer produção, em qualquer ordem e a qualquer momento.

9. Multiplicação dos suportes

Os “ecrãs” multiplicaram-se e agora também estão no carro, nos canais media digitais externos e nos dispositivos móveis. O desafio dos anunciantes é compreender os hábitos do consumidor em todas elas e decidir qual o investimento necessário para captar a atenção (e a disponibilidade financeira) dos consumidores. 

10. Reinvenção da relação com os consumidores

A relação com os consumidores através das redes sociais deve tornar-se um dos maiores mercados digitais com grandes operações de atendimento e relacionamento no Twitter, Facebook e até em aplicações móveis e novas modalidades, como mensagens instantâneas (ex: WhatsApp).
 
 

Sugerir correcção
Comentar