Cuba

Em Cuba, a pedalar nas alturas

Reuters/ALEXANDRE MENEGHINI
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Por onde quer que passe, Felix Guirola não passa despercebido. Todos os dias percorre as ruas da capital e maior cidade de Cuba, Havana, na sua bicicleta feita à mão, mas com uma particularidade: Guirolo está a sete metros e meio do solo.

Em criança, costumava subir às árvores para apanhar cocos, contou à Reuters, por isso deslocar-se em cima de uma bicicleta da altura de uma árvore nunca foi uma dificuldade. "Já faço isto há 34 anos," disse Guirola. "Podia ensinar as pessoas a andar em bicicletas altas, mas nem todos gostam de arriscar".

No início, a bicicleta era utilizada como atracção em feiras e desfiles de Carnaval. Há um ano, a atenção gerada pela visita de Barack Obama a Cuba e pelo concerto dos Rolling Stones acabou por contagiá-lo: várias pessoas repararam no seu talento e Guirola começou a receber propostas de trabalho, a maior parte de empresas, que olharam para a bicicleta como uma forma de fazer publicidade.

Hoje em dia, Guirola, com 52 anos, continua a percorrer as ruas da capital cubana na sua bicicleta, mas com cartazes publicitários.  "É um trabalho novo e estou feliz por fazer publicidade a qualquer coisa, seja para a Revolução Cubana ou para uma cadeia de negócios", disse Guirola.

Num país em que o salário médio mensal é de 25 dólares (cerca de 22 euros), Guirola conseguiu negociar com empresas e chegar a uma avença de 100 dólares (cerca de 89 euros) por mês.

A sua ambição, conta, é conquistar o recorde mundial do Guinness para a bicicleta mais alta, embora não saiba como se candidatar. De acordo com o site do Guinness World Records, o último recorde foi estabelecido em 2013 nos Estados Unidos por uma bicicleta com apenas 6,15 metros de altura. "Em 1987, eu já pedalava uma bicicleta que media seis metros, mas ninguém sabia", disse Guirola, que está agora a querer chegar mais alto: vai construir uma bicicleta com 10 metros de altura.

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