25 de Abril
Um mural que fala de outra revolução
Não tem a força de Abril, mas é inaugurado em Abril. Não é uma revolução que mude um país, mas o país está a mudar a forma como olha para ela, numa outra "revolução". Ela, a street art, cada vez mais arte e menos graffiti, cresce nos murais, como as mensagens que há 40 anos nos faziam acreditar noutro país. E desafia a imaginação.
Não tem a força de Abril, mas é inaugurado em Abril. Não é uma revolução que mude um país, mas o país está a mudar a forma como olha para ela, numa outra "revolução". Ela, a street art, cada vez mais arte e menos graffiti, cresce nos murais, como as mensagens que há 40 anos nos faziam acreditar noutro país. E desafia a imaginação.
O muro em frente à Lionesa, em Leça do Balio, deixou de ser um muro que divide esta antiga fábrica, hoje transformada em centro empresarial, dos vizinhos da Unicer. Aliás, o imenso muro uniu as duas entidades, que convidaram dez artistas de rua para o pintar.
Tudo começa com um desenho palavroso e poético de Caos, para se espalhar ordenadamente, ao longo de 1500 metros quadrados, com o traço já reconhecível do colectivo Distopia, de Mr. Dheo, Draw, Mar, Mário Belém, Noman, Third, Utopia e Ram, que organizou este colectivo.
O resultado, que esta sexta-feira tem honras de inauguração festiva, está lá, para ser visto, e fotografado. Cores a entrar pelos carros que passam sem parar; a entrar pelos espaços da antiga têxtil, que passa a abrir também um mercado tingido pelo mesmo espírito do mural: aberto a novas tendências, na moda, na comida, na forma de ser. Se o horário deste é o das das 10h às 19h, de segunda a sábado, lá fora, a arte mostra-se sem estas constrições, e pode ser vista inclusive à luz da lua.