Os protestos duraram sete semanas, com milhares de manifestantes a exigirem reformas políticas ao governo chinês, com vista à garantia de uma abertura democrática. No entanto, no início de Junho, o regime decidiu recorrer à força para dissuadir os manifestantes - e pôr fim a uma vaga de protestos que já se tinha alastrado a várias cidades do país. Tanques blindados abriram fogo sobre as pessoas. Até hoje o número de vítimas não foi revelado mas fontes ocidentais referem a existência de milhares de mortos. O massacre de Tiananmen aconteceu há exactamente 27 anos mas, talvez como resultado de uma política deliberada de apagamento colectivo das memórias deste momento histórico, aqueles que se passeiam hoje pela principal praça de Pequim preferem apenas fotografar-se com o Mausoléu de Mao Tsétung como pano de fundo.