Doenças

Quando o amor de um cão é o melhor remédio

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Atila e Argi vivem numa clínica psiquiátrica escondida no meio das montanhas dos Pirinéus. Ao contrário dos pacientes, não estão ali para serem tratados mas para ajudarem no tratamento de algumas doenças, como a esquizofrenia, através da peculiaridade que os distingue de quem lá vive: Atila e Argi são dois cachorros.

Na clínica psiquiátrica Benito Menni os animais ajudam os pacientes com deficiência intelectual ou problemas de saúde mental a desenvolverem habilidades sociais e sentido de autonomia. "Eles são responsáveis pelos cães 24 horas por dia", disse a enfermeira-chefe da instituição Uxua Lazkanotegi. A clínica criou inclusive sessões de petting com os cachorros de oito meses, onde vários pacientes têm desfrutado de um efeito calmante. Grande parte dos residentes têm dificuldades em relacionarem-se com os outros e em expressarem-se devido a deficiências cognitivas ou comportamentais. Mas, ao serem abordados sobre a sua relação com os dois animais, utilizaram palavras como “companheirismo”, “calma” e “afecto”. Ao darem banho e alimentarem os cachorros, os pacientes desenvolvem bons hábitos como auto-controlo e higiene pessoal. Levá-los a passear para a aldeia vizinha é também uma forma de “quebrar o gelo” e meter conversa com desconhecidos.

Atila e Argi adaptam-se às necessidades e comportamento de cada pessoa. Com as mais activas, começam a correr e a desafiar para brincar; com as mais serenas, como é o caso dos pacientes com demência grave, deitam-se a seu lado e deliciam-se com algumas carícias. Desta forma, afastam a solidão e a depressão e estimulam o sentido do tacto.

Andres Garcia, de 29 anos, abraça Argi
Andres Garcia, de 29 anos, abraça Argi Reuters/Susana Vera
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Andres Garcia e Inaki Gorriz, de 24 anos, fazem festinhas a Atila
Andres Garcia e Inaki Gorriz, de 24 anos, fazem festinhas a Atila Reuters/Susana Vera
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David Villanueva, 44 anos, acaricia Atila
David Villanueva, 44 anos, acaricia Atila Reuters/Susana Vera
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