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Chamam-lhes farricocos

Chamam-lhes farricocos e, a começar pelo nome, tudo neles é perturbador

Paulo Pimenta
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Paulo Pimenta

Chamam-lhes farricocos e, a começar pelo nome, tudo neles é perturbador. São figuras sinistras, integralmente vestidas de negro. Um capuz, da mesma cor, cobre-lhes a cabeça, apertada com uma corda. E apenas duas aberturas na zona dos olhos permitem perceber que, ali atrás, há alguém humano. Nunca tínhamos visto as caras destes homens. Até hoje. Os farricocos são homens, tradicionalmente em penitência. E vão descalços, pelas ruas da cidade, criando um ambiente soturno à sua passagem. A sua presença é a mais marcante da procissão de quinta-feira, que abrem com um cortejo fúnebre. Nas mãos carregam matracas, provocando um som ensurdecedor que cria um ambiente arrepiante à sua passagem. Oficialmente, a procissão de quinta-feira chama-se procissão do Ecce Homo, a expressão latina para “Eis o Homem”, a forma como Pilatos apresentou Jesus à multidão na hora do seu julgamento. Mas é mais conhecidas pelos seus nomes populares: procissão do Senhor da Cana Verde – a imagem setecentista de Cristo usada nesta cerimónia empunha este ceptro simbólico – ou procissão dos fogaréus, por causa das tigelas de fogo que iluminam o cortejo, também carregadas pelos farricocos. Que se tornaram o maior ícone da Semana Santa de Braga. Samuel Silva

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