Grécia

O retrato angustiado de uma família grega

Reuters/ALKIS KONSTANTINIDIS
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Há cinco anos, a família Argyros deixou a ilha de Leros, Grécia, para viver na capital, Atenas, mas a situação não melhorou. O ciclo é o mesmo: desemprego e dívidas. Os Argyros são apenas uma de entre milhares de famílias que têm sentido na pele a grave crise económica do país.

No sétimo ano de crise, a Grécia continua a impor medidas de austeridade: na semana passada, foi aprovado o 14.º corte nas pensões de reforma desde o início da crise. Mais de um em cada três gregos vivem em situação de pobreza, e a Grécia é um dos três países da União Europeia com maior taxa de pobreza. 

Kostas Argyros tem 35 anos e vive de biscates. A mulher, cinco anos mais nova, trabalhava como enfermeira mas está desempregada há quase uma década. “Viemos para aqui à procura de um futuro melhor”, contou Olga à Reuters. “Mas as coisas foram de mal a pior.”

A taxa de desemprego da Grécia, de 23,5%, é de longe a mais alta da UE. Mais de 70% são desempregados de longa duração, o que quer dizer que já perderam o direito a apoio social, uma vez que o subsídio de desemprego termina passado um ano. Kostas e Olga vivem com os quatro filhos menores num apartamento com 45 metros quadrados. No Inverno, a casa tem de ser aquecida co. As refeições são cozinhadas num pequeno fogão a gás e raramente recorrem à água quente. À noite, a única luz acesa é a da televisão. A família tem receio de aumentar as dívidas que já tem. Contas da luz em atraso são uma realidade para mais de 40% dos gregos – é um número mais alto do que em qualquer outro país da Europa, segundo a agência Reuters.

Empréstimo após empréstimo, austeridade em cima de austeridade, os resultados tardam: a dívida pública não pára de subir, o desemprego não desce, a pobreza não diminui. A vida que o casal esperava encontrar em Atenas está mais longe do que acreditavam.

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