Música
Bowie, o coleccionador, vai a leilão
David Bowie, um dos maiores ícones da cultura popular, morreu em Janeiro deste ano, aos 69 anos. A sua influência, porém, continua viva: na música, na cultura visual, na moda, nos estilos de vida. E também na sua faceta de coleccionador de arte. Bowie era, ele próprio, pintor, mas interessava-se particularmente em adquirir obras de artistas seus contemporâneos. Mais de 350 peças da colecção de David Bowie serão agora leiloadas a 10 e 11 de Novembro pela Sotheby’s, um acervo particularmente rico em arte britânica do início e do meio do século XX, onde constam nomes como Damien Hirst, Henry Moore, Frank Auerbach, Stanley Spencer e Patrick Caulfield.
Antes do leilão, uma exposição realizada pela Sotheby’s, em Londres, dá a conhecer a colecção que inclui, também, desenhos, fotografias, esculturas, peças contemporâneas de arte africana e de arte considerada “outsider” - trabalhos de artistas fora do mundo da arte convencional - como o Grupo Gugging, pacientes do hospital psiquiátrico de Gugging, em Viena, que ficaram conhecidos pela qualidade dos trabalhos artísticos desenvolvidos como terapia.
Um dos objectos do leilão será a obra Air Power, do artista norte-americano Jean-Michel Basquiat, que sozinha deverá valer, segundo a Sotheby’s, entre 2,5 a 3,5 milhões de euros. Para a família do cantor - que vai pôr a colecção à venda por falta de espaço para a conservar - “é tempo de outros poderem apreciar e adquirir a arte e os objectos que ele admirava.”