O Visionarium – Centro de Ciência do Europarque, em Santa Maria da Feira, é um espaço que se dedica, dos pés à cabeça, à divulgação científica com conteúdos pensados ao milímetro para atingir esse propósito. A promoção da cultura científica é um dos principais objectivos do equipamento que está a assinalar 16 anos de vida. Este domingo, há festa para celebrar mais um ano de trabalho e de portas abertas para todos os que querem saber mais sobre os mistérios do planeta.

Aos 16 anos, o Visionarium atinge 1,2 milhões de visitantes e guarda, com orgulho, uma menção honrosa no prémio Museu Europeu do Ano, distinção atribuída pelo Fórum Europeu de Museus, no seu segundo ano de funcionamento. As visitas continuam e 70 por cento das escolas do norte do país já passaram pelo espaço.   

Paulo Barros, director de conteúdos do Visionarium, está satisfeito com o percurso do centro de ciência que estimula a criatividade e investe na interactividade, que programa regularmente actividades e oficinas, e que não esquece a missão de trabalhar em prol da divulgação científica. "O feedback dos nossos visitantes tem sido positivo", garante. Há novos projectos preparados para avançar. No início do próximo ano, o Visionarium coloca-se sobre rodas com laboratórios itinerantes para os alunos do 3.º e 4.º anos do 1.º Ciclo do Ensino Básico dos 86 municípios do norte do país. “A ideia é dar aos professores, além de uma acção de formação, um kit com 12 experiências científicas que podem realizar durante o ano lectivo”, revela Paulo Barros. Estas experiências abrangerão cerca de 90 mil alunos.

Há mais planos em cima da mesa. O segundo piso do Visionarium será transformado numa odisseia virtual com equipamentos construídos para proporcionar esses efeitos especiais. A inauguração ainda não está marcada no calendário e, por isso, não há uma data marcada para que o segundo andar do centro de ciência surja com um novo figurino. A sala de exposições temporárias, que até há bem pouco tempo albergou uma mostra de animais exóticos vivos, também será redecorada a pensar nos mais novos. Paulo Barros adianta que esse local reabrirá como um jardim para a realização de desportos radicais dentro de portas. 

O Visionarium apaga 16 velas este domingo com uma mão cheia de actividades em que a ciência, como não podia deixar de ser, é rainha e senhora. Das 14h00 às 18h00, há sessões experimentais com vários assuntos para explorar por crianças, jovens, adultos, famílias. Às cinco da tarde, no auditório, há um show de ciência, com várias experiências científicas ao vivo e a cores. Só no final da festa é que o bolo entra em cena. Antes disso, há muito para fazer. Gomas de fruta de arregalar os olhos com gelatinas de várias cores. Um caleidoscópio para produzir várias e agradáveis combinações visuais. Plantar hortas nas varandas. Também será possível usar azoto líquido num espectáculo de quebra-gelo e escutar histórias infantis, não para adormecer, mas para abrir bem os olhos. O Visionarium tem ainda surpresas para revelar no campo da animação infantil, além dos insufláveis que estarão no jardim à disposição das brincadeiras.