Vila Real quer tornar-se na “cidade dos azevinhos”

Quercus e Câmara Municipal de Vila Real assinaram protocolo para plantação de azevinhos.

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Rui Gaudêncio

A Câmara Municipal de Vila Real e a Delegação Regional da Quercus de Vila Real assinaram um protocolo que vai recuperar um projecto já antigo da cidade, cujo objectivo é plantar nos próximos anos o máximo de azevinhos possíveis.

Há cinco anos foram plantados azevinhos nos espaços verdes da cidade, contudo, segundo o Vereador Responsável pelo Pelouro do Ambiente, Carlos Silva, “talvez não tenha havido um correcto acompanhamento do projecto de ambas as entidades e, por isso, um grande conjunto de azevinhos acabou por morrer”.

O projecto vai agora entrar numa nova fase e, nesse sentido, Carlos Silva garante que “a nova autarquia terá mais cuidado no processo de implementação e manutenção das árvores, fazendo um levantamento de todos os locais onde foram anteriormente plantados azevinhos e percebendo quais são as causas da mortalidade desta árvore para depois, em função disso, verificarmos quais os novos locais onde poderemos plantar”.

Segundo João Branco, dirigente da Quercus de Vila Real, serão disponibilizados por ano 500 azevinhos, ficando depois à responsabilidade da Câmara quantas plantas serão efectivamente plantadas e em que locais. O objectivo é instalar o maior número de azevinhos na cidade porque, adianta João Branco, esta é uma espécie que, “além de ter grande efeito estético, também tem muita importância para a disseminação da fauna em meio urbano, principalmente das aves”. A temperatura no interior do azevinho, nos Invernos rigorosos do interior, é quatro graus mais quente que no exterior. Além disso, as próprias bagas dão alimento para as aves “numa altura em que o alimento escasseia, nomeadamente em Novembro, Dezembro e Janeiro”, esclarece João Branco.

O protocolo assinado entre a Quercus e a Câmara de Vila Real prevê, ainda, a disponibilização por parte da associação de cerca de quatro mil espécies de árvores autóctones que sejam adequadas à instalação em meio urbano. Carlos Silva espera tornar Vila Real uma “cidade dos azevinhos”.

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