Viana investe meio milhão para tirar amianto de todas as escolas até Julho 2015

Das 11 escolas do primeiro ciclo e pré-escolar que constam na lista, três já foram intervencionadas.

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Enric Vives-Rubio /Arquivo

A Câmara de Viana do Castelo vai investir cerca de 500 mil euros para remover as coberturas de fibrocimento de 11 escolas do primeiro ciclo e pré-escolar do concelho até verão de 2015, anunciou nesta quarta-feira o autarca local.

"Até Julho de 2015 ficaremos com todas as escolas isentas de qualquer cobertura em fibrocimento. Já foi lançado o concurso público para esta empreitada orçada em cerca de 500 mil euros. Até final do ano estaremos em condições de fazer a adjudicação dos trabalhos", afirmou José Maria Costa.

Em conferência de imprensa, o autarca socialista explicou que o município, "apesar das dificuldades económicas e financeiras" e da "ausência de financiamento do Ministério da Educação e Ciência (MEC) e de fundos comunitários", decidiu avançar para esta intervenção face "às preocupações manifestadas por pais, professores e do toda a comunidade educativa".

"Isto significa um esforço financeiro muitíssimo grande por parte do município, mas o município tem uma preocupação com a qualidade de vida dos seus munícipes e temos a educação como uma grande aposta", sustentou.

Segundo José Maria Costa, das 11 escolas do primeiro ciclo e pré-escolar que constam na lista do executivo, três já foram intervencionadas, tendo sido realizada a "substituição integral das coberturas em fibrocimento".

O autarca disse "esperar uma iniciativa idêntica por parte do MEC para que se possam também retirar todas as coberturas em fibrocimento de todos os estabelecimentos de ensino preparatório e secundário existente no concelho".

"Já notificamos o MEC, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, a Direção Regional de Educação do Norte (DREN) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR) da necessidade de investimento nos restantes estabelecimento de ensino para a substituição destas coberturas e obras de fundos em algumas escolas".

O autarca apontou como "grandes prioridades para o próximo quadro comunitário de apoio" as EB1,2,3 Frei Bartolomeu dos Mártires e Escola Básica e Secundária de Barroselas que, além das estruturas em amianto, aguardam há vários anos por obras de requalificação.

A intervenção na EB1,2,3 Frei Bartolomeu dos Mártires, no centro da cidade, está prevista desde 2011 e prevê um investimento de 11 milhões de euros por ser encontrar, segundo o município, em "péssimas condições".

Na margem esquerda do rio Lima, em Barroselas a Escola Básica e Secundária, com mais de 600 alunos também aguarda uma intervenção de fundo desde 2011 para travar as infiltrações de água nas salas de aula, problema que se acentua a cada inverno.

As obras, classificadas como urgentes, chegaram a estar previstas para a fase IV da Parque Escolar, antes de 2011, mas acabaram por nunca sair do papel, com a suspensão daquele programa de requalificação dos edifícios escolares.

Em Setembro, à Lusa a directora do agrupamento afirmou que o novo ano lectivo ia ser "mais acolhedor" depois dos "arranjos" realizados "durante as férias" por pais, alunos, professores e funcionários.

Além dos 12 mil euros disponibilizados do orçamento privativo da escola e do trabalho voluntário de toda a comunidade escolar, a remodelação contou ainda com o apoio de várias empresas da região.

 

 

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