Transportes de Lisboa quer concluir obras na estação de metro do Areeiro em 2016

As obras nesta estação da linha verde do Metropolitano começaram em 2008 e deviam ter terminado em 2011.

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Transportes com a maioria dos contratos especulativos PEDRO CUNHA

A empresa Transportes de Lisboa anunciou nesta terça-feira que está a actualizar o projecto de remodelação da estação do Metropolitano do Areeiro, que se arrasta há quase sete anos, prevendo “retomar e concluir as obras durante o próximo ano”.

“A Transportes de Lisboa está a actualizar o projecto, face ao que ainda se encontra por executar, bem como a preparar novo procedimento concursal com objectivo de retomar e concluir as obras durante o próximo ano”, informou a empresa numa resposta escrita enviada hoje à agência Lusa.

As obras de remodelação e ampliação no Areeiro, da linha verde do Metropolitano, começaram em 2008 e deviam ter terminado em 2011.

Contudo, só a primeira fase da obra, no átrio sul, demorou cinco anos e apenas em Novembro de 2013 se deu início à segunda fase, que diz respeito ao átrio norte daquela estação, com acesso para a Praça Francisco Sá Carneiro e para a Avenida Almirante Gago Coutinho.

Actualmente, “a obra de remodelação do átrio norte da Estação de metro do Areeiro encontra-se suspensa, por incumprimento contratual, insanável, por parte do empreiteiro”, explicou à Lusa a Transportes de Lisboa, sem especificar.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia do Areeiro, Fernando Braamcamp (PSD), considerou que “não há razões objectivas que consigam justificar esta situação”, tendo em conta “o impacto negativo junto da população e dos comerciantes” daquela zona.

Segundo este autarca, “enquanto não retomarem isto [as obras] e não resolverem esta embrulhada, é a população que vive mais perto dali que a está a suportar”.

Fernando Braamcamp criticou, também, a actuação da Câmara de Lisboa que, a seu ver, “se pôs de lado” neste processo.

“Recebemos reclamações e expusemos à Câmara que era quem devia tomar as rédeas do processo, mas nunca nos foram dadas informações nenhumas”, apontou.

O responsável lamentou que esta seja “uma entrada da cidade transformada num estaleiro permanente”, argumentando que os comerciantes deviam ser ressarcidos após “anos a fio em que ninguém passava ali”.

Opinião semelhante tem Aristides Teixeira, do Movimento de Utentes do Metropolitano de Lisboa: “Além do transtorno, é o perigo que representa para quem tem de ir trabalhar”.

O representante sustentou que, “com o inverno e com a chuva, o estaleiro a céu aberto vai dificultar a deslocação das pessoas”.

“É urgente que as obras terminem, porque são obras eternas que só estão a prejudicar o dia-a-dia de quem paga os seus passes”, concluiu.

Há cerca de seis meses, foram removidos os tapumes, mas ainda ali se mantêm alguns separadores.

Segundo a informação disponibilizada no site da Transportes de Lisboa, a estação do Areeiro abriu ao público em 1972, no âmbito da quarta fase da construção do primeiro escalão da rede, que decorreu entre 1966 e 1972.

A empresa adianta, na sua página, que esta estação não dispõe de elevadores e de escadas mecânicas.

 

 

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