O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) vai receber obras de recuperação entre 5 de Julho e 15 de Setembro.

Na conferência de imprensa desta quarta-feira em que foi anunciada a intervenção, em Coimbra, o director do espaço, Fernando Matos de Oliveira, explicou que “estando a esgotar-se o período de validade do equipamento”, o objectivo passa por “criar condições para as próximas duas décadas”.

De acordo com o director da sala, que pertence à Universidade de Coimbra (UC), a reabilitação vai passar pela recuperação das cadeiras do auditório, pela melhoria e automatização da área técnica, melhoramento das cabelagens internas e “outras qualificações pequenas em várias dimensões do teatro”. Matos de Oliveira referiu ainda que o TAGV faz parte do grupo de 32 edifícios classificados como Património Mundial pela UNESCO, pelo que teve que se proceder a um “trabalho prévio, com autorizações de várias entidades”.

O responsável mencionou a “oportunidade estratégica para prosseguir a actividade pública”, a propósito da intervenção que tem um custo de 180 mil euros e é financiada na totalidade pelo  Santander Totta, no âmbito do protocolo de colaboração que a entidade bancária mantém com a UC.

Inaugurado em 1961, o TAGV não sofreu, segundo o director, obras durante mais de três décadas. A última intervenção relevante foi levada a cabo em 2003, quando Coimbra foi capital nacional da cultura, explicou o Matos de Oliveira.

A vice-reitora da UC para a Cultura, Clara Almeida Santos, entende que parte do problema daquela sala “decorre de uma utilização intensiva”, o que considera um aspecto positivo. Clara Almeida Santos salientou a importância da realização de uma intervenção que mantém a “identidade do espaço”.

Matos de Oliveira reforçou este aspecto e afirmou que a intenção não é produzir “efeitos de espanto imediato”, mas sim “melhorar a capacidade técnica” e o conforto da sala. O TAGV encerra, por norma, no mês de Agosto. Segundo o director, este período é este ano “alargado” para que se consiga executar o projecto.