Suspenso bombeiro suspeito de atear fogo em Vila Pouca e Aguiar

Corporação proibiu voluntário de entrar nas instalações atéconcluir inquérito.

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bombeiro é empresário e não tem ajudado a corporação nestes meses. Mas é suspeito de atear um incêndio Nelson Garrido

Um bombeiro de Vila Pouca de Aguiar, detido pela Polícia Judiciária (PJ) pela suspeita de ter ateado um incêndio no concelho, foi "suspenso de imediato" pela corporação local, disse esta quinta-feira o comandante. A PJ anunciou em comunicado que o homem de 34 anos, empresário da construção civil e bombeiro voluntário, está "fortemente indiciado pela prática do crime".

O comandante dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, Manuel Borges Machado, afirmou aos jornalistas que o bombeiro em causa foi de "imediato suspenso" pela corporação e referiu ainda que a corporação vai proceder à abertura de um inquérito interno, cuja conclusão está dependente do processo judicial. "O processo judicial é que vai ajudar a decidir como vamos proceder", salientou Manuel Borges Machado.

O comandante fez questão de frisar que o bombeiro, que pertencia à corporação há três anos, é "uma pessoa extremamente dedicada", um "bom voluntário" e que teve "uma avaliação psicológica muito positiva". Contudo, até à conclusão do processo, o homem está proibido de entrar nas instalações dos voluntários de Vila Pouca de Aguiar.

De acordo com o responsável, neste período de Verão o suspeito tinha informado a corporação de que não estava disponível para o combate aos incêndios devido a um acréscimo de trabalho provocado pela chegada de emigrantes.

Segundo a PJ, o indivíduo é suspeito de ter ateado um fogo, que deflagrou às 22h49 do dia 17 de Agosto e consumiu uma pequena área de mato e pinheiro bravo na freguesia de Capeludos, concelho de Vila Pouca de Aguiar. Segundo esta força policial, as chamas não se propagaram "a uma grande mancha florestal adjacente dada a pronta intervenção da população e dos bombeiros que o extinguiram".

O suspeito vai ser presente sexta-feira a interrogatório judicial, no Tribunal de Vila Pouca de Aguiar, para aplicação de medidas de coacção. A detenção foi efectuada pela Unidade Local de Investigação Criminal da PJ de Vila Real que, este ano, já deteve dez suspeitos do crime de incêndio florestal na sua área de intervenção.

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