Sindicatos e administração falam de "adesão total" à greve na STCP

Sociedade de Transportes Colectivos no Porto terá 25% da oferta habitual no horário nocturno, entre as 18h e as 2h, nos termos dos serviços mínimos estabelecidos.

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Está marcada nova greve às duas últimas horas de turno de 2 a 7 de Dezembro Luís Efigénio/NFactos

A adesão à greve dos trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) "ronda os 100%", disse nesta terça-feira à Lusa Vitor Pereira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans). Contactado pelo PÚBLICO, o gabinete de imprensa da empresa confirmou que não há autocarros a circular nesta terça-feira.

Segundo o responsável sindical, esta adesão à greve "significa que os trabalhadores deram a resposta adequada a esta ofensiva, a este roubo dos direitos a que estão sujeitos". "O que estamos a assistir é, da parte do Governo, à destruição de direitos que foram conquistados e acordados entre as partes", disse, lembrando que a paralisação "é contra este Orçamento do Estado", que considera "um roubo e que vai fazer com que os trabalhadores da STCP fiquem mais pobres".

Vitor Pereira salientou que, "caso a administração da STCP e o Governo não recuem, a luta é para continuar". Os sindicatos convocaram já um novo período de luta para a semana entre os dias 2 e 7 de Dezembro, estando prevista uma paralisação dos trabalhadores da STCP às duas últimas horas de cada serviço.

"É uma luta de indignação, de um protesto que, caso a administração da empresa e o Governo não recuem, é para continuar, porque os trabalhadores não vão ficar de braços cruzados", reiterou.

A STCP alertou a população para a possibilidade de ocorrência de "perturbações significativas" no dia de greve. Os serviços mínimos estabelecidos correspondem a cerca de 25% da oferta normal durante o período nocturno, das 18h às 2h. A mesma fonte da empresa disse ao PÚBLICO não haver qualquer indicação de que estes serviços mínimos não serão cumpridos.
 
 
 

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