O distrito de Santarém continua a ser o mais fustigado entre os nove de Portugal continental que, nos últimos dias, têm sido atingidos por inundações e deslizamentos de terras devido à chuva intensa. Só nesse distrito, há perto de 40 estradas cortadas e três povoações isoladas.

Apesar da previsão de precipitação forte ao logo do dia, a proteção civil espera uma descida gradual das águas do rio Tejo.“Desde as 15h do dia de ontem [terça-feira], que se regista um decréscimo muito significativo, no somatório dos caudais debitados pelas barragens de Fratel, Pracana e Castelo de Bode”, informou a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) num comunicado em que prevê “uma descida gradual dos níveis das águas no rio Tejo para as próximas horas", ainda que possa haver algumas oscilações.

O Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo foi activado a 27 de Março.O corte da estrada nacional 365 deixou a povoação de Reguengo do Alviela isolada. Pelos mesmos motivos foi cortada a estrada municipal que liga Santarém e Caneiras, o que deixou esta última localidade isolada. Submersa ficou também a única estrada de acesso à povoação de Palhota, no Cartaxo. Na Golegã há campos agrícolas inundados e em Constância o parque de campismo junto ao Zêzere está submerso.

Também em Viseu há uma povoação, Valonguinho, na freguesia de Barrô, que continua isolada, depois de um deslizamento de terras na estrada municipal de acesso.<_o3a_p>

Mais a norte, um grande deslizamento de terras na freguesia de Mesão Frio no final da tarde de terça-feira levou ao corte da circular urbana de Guimarães, que estará fechada ao trânsito nos próximos dias, adiantou à Lusa o comandante distrital de Operações de Socorros de Braga.

Além de Santarém, Viseu e Braga, também os distritos de Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Portalegre e Setúbal continuam com dezenas de estradas cortadas, de acordo com o último ponto de situação dos estragos causados pelo mau tempo. De acordo com a última atualização da página oficial da ANPC, às 12h39, os distritos de Castelo Branco, Évora, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal estão em “situação meteorológica potencialmente perigosa”.