Recuperação ambiental da mina do Lousal pronta no próximo ano

Segunda fase da intervenção no concelho de Grândola vai arrancar em breve, diz o ministro do Ambiente.

O ministro do Ambiente anunciou nesta quarta-feira que a recuperação ambiental da antiga mina do Lousal, no concelho de Grândola, deverá ficar concluída em meados de 2015, após um investimento global de 6,5 milhões de euros.

A segunda fase do projecto, no valor aproximado de dois milhões de euros, vai arrancar em breve e “terá um período de concretização de cerca de um ano”, disse à agência Lusa o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, no final de uma visita à antiga área mineira.

“Congratulo-me com o trabalho que aqui vi realizado e com as novas actividades que estão previstas até meados do próximo ano e que permitirão dizer, de uma vez por todas, que, durante o ano de 2015, o passivo ambiental do Lousal está definitivamente resolvido”, afirmou o governante social-democrata.

Segundo informações fornecidas pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), responsável pela recuperação ambiental de zonas degradadas por antigas explorações mineiras, a primeira fase de intervenção no Lousal visou a selagem de poços e de galerias, bem como a criação de infra-estruturas necessárias à descontaminação dos solos e das águas, sendo a segunda fase uma continuação desse trabalho.

Jorge Moreira da Silva apontou a mina do Lousal, gerida pela Fundação Frédéric Velge, criada pela Sapec, empresa proprietária da mina, e pelo município de Grândola, como um exemplo de “perfeita simbiose entre as actividades de protecção ambiental” e uma “actividade de desenvolvimento turístico ligado à hotelaria, à restauração, à divulgação e à comercialização de produtos regionais”.

O projecto de reabilitação da aldeia mineira do Lousal, que inclui um percurso de visitas, um museu e um Centro Ciência Viva, entre outros serviços, recebeu, no ano passado, o Prémio Geoconservação, atribuído pelo grupo português da Associação Europeia para a Conservação do Património Geológico (Progeo).

Jorge Moreira da Silva visitou também os trabalhos de limpeza das 12 bacias de lamas industriais perigosas, provenientes do complexo petroquímico de Sines, instaladas no aterro de Santo André, no concelho de Santiago de Cacém. O governante constatou que, após o início dos trabalhos, há cerca de dois anos, nove dessas bacias já foram alvo de intervenção, devendo estar terminado, até ao final deste ano, o investimento de 11,5 milhões de euros, que visa eliminar 140 mil toneladas de resíduos perigosos.

As visitas do ministro inserem-se num programa de dois dias dedicados aos passivos ambientais, que começou na terça-feira, com deslocações a São Pedro da Cova, no concelho de Gondomar, e a Alcanena, onde foram assinados novos contratos no valor global de 28 milhões de euros.

Na agenda do ministro para esta quarta-feira constava também uma visita ao Barreiro (Quimiparque) e ao Seixal (Siderurgia Nacional). Para Jorge Moreira da Silva, as visitas permitem verificar, “no terreno”, que se está a “honrar compromissos com a população”, que “há muitos anos reclama a resolução de passivos ambientais”.

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