Requalificação do antigo Hospital do Desterro vai custar um milhão de euros

Empresa promotora da LX Factory vai gerir o espaço durante dez anos e quer transformá-lo num equipamento cultural.

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Edifício estava desactivado desde 2006 Carlos Lopes/Arquivo

A primeira fase da reabilitação do antigo Hospital do Desterro, em Lisboa, para o transformar num espaço de eventos culturais vai custar cerca de um milhão de euros, disse nesta terça-feira o presidente da Mainside, José Carvalho, que vai gerir o local.

“O investimento inicial é de um milhão de euros para esta primeira fase e depois avaliaremos a segunda fase”, disse José Carvalho após a assinatura do protocolo entre a Câmara de Lisboa, a Estamo, que gere o património imobiliário do Estado, e a Mainside, empresa promotora da LX Factory, esta terça-feira, em Lisboa.

O responsável disse ainda que a concessão daquele espaço é de dez anos, com possibilidade de ser prolongada.

Tal como o PÚBLICO noticiou na segunda-feira, na primeira fase do projecto serão reabilitados os pisos inferiores do antigo convento do Desterro, que deu nome ao hospital. O espaço vai ter uma rua pedonal, restauração, lojas e ainda uma horta pedagógica. A inauguração está prevista para o final do ano.

Os visitantes terão um espaço para trabalhar ou pernoitar, vão poder cultivar a horta, frequentar clubes de discussão, almoçar num refeitório comunitário ou assistir a aulas.

“Temos um conjunto de projectos que vêm da herança do antigo convento e do próprio hospital”, disse o presidente da Mainside, que fez questão de separar este projecto do da LX Factory.

Por seu lado, o presidente da câmara de Lisboa frisou que este é um “excelente exemplo de como grandes espaços que estão hoje vazios – e que nas novas condições de mercado dificilmente podem ser vendidos como era o projecto inicial –  não têm de ficar fechados, em decadência, mas podem ser reocupados, reutilizados e reinventados".

António Costa acredita que este projecto vai ajudar aquela zona a “voltar a ser criativa, com iniciativa, com projectos e que chamem novas gentes, novos públicos”, e capaz de gerar emprego.

Desactivado desde 2006, o edifício do Hospital do Desterro foi vendido à Estamo por 9,24 milhões de euros, e estava a degradar-se.

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