Recuperação do Convento de Semide arranca no início do ano

Direcção Regional de Cultura já tem luz verde do Governo e vai lançar o concurso público para a adjudiucação da empreitada

As obras de recuperação do Convento de Semide vão começar no início de 2015, representando um investimento na ordem dos 400 mil euros, disse esta quinta-feira a directora regional de Cultura do Centro.Celeste Amaro salientou que a realização destas obras vem responder a “uma ânsia muito grande da população” de Semide e do concelho de Miranda do Corvo.

Através de uma portaria conjunta dos secretários de Estado da Cultura e Adjunto e do Orçamento, Jorge Barreto Xavier e Hélder Manuel Gomes dos Reis, respetivamente, publicada esta quinta-feira no Diário da República, o Governo procede à “repartição plurianual do encargo financeiro” com a execução dos trabalhos, nos anos económicos de 2014 e 2015.

“Sem esta publicação, não podia fazer nada”, disse Celeste Amaro à agência Lusa, indicando que a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) vai proceder, nos próximos dias, à abertura do concurso público nacional para a concretização da empreitada, que decorrerá ao longo de 10 meses.

Fundado por monges beneditinos, em 1154, o Convento de Santa Maria de Semide, classificado como imóvel de interesse público, passou mais tarde a albergar religiosas, tendo encerrado em 1896, por morte da última freira. A parte mais antiga do edifício ainda existente foi construída no século XVI.

Pela portaria agora publicada, o Governo autoriza a DRCC a proceder à repartição plurianual dos encargos com a empreitada “Convento de Santa Maria de Semide - Obras de consolidação e recuperação do convento”, no montante total de 373.877  euros, a que acresce o IVA.

A repartição das verbas é a seguinte: 173.348 euros mais IVA, em 2014, e 200.529 euros mais IVA, em 2015.
“O Convento de Semide está completamente destruído. Já não existe o claustro, que será todo recuperado”, referiu Celeste Amaro, afirmando-se “muita satisfeita” com o arranque das obras, “em Janeiro ou Fevereiro”, em resultado de um processo que “estava há tantos anos emperrado”.

Em Março, a Liga dos Amigos do Mosteiro de Santa Maria de Semide reivindicou uma rápida intervenção no claustro quinhentista do imóvel, cujas obras têm sido adiadas sucessivamente. O presidente da associação, Luís Martins, reconheceu na altura que o país enfrenta dificuldades económico-financeiras, mas pediu ao Governo para desbloquear as verbas necessárias.

 

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