A administração da Rádio Universitária do Minho (RUM) decidiu terminar as negociações que decorriam desde a semana passada com a Antena Minho. Face à intransigência da administração da outra rádio de Braga, a emissora ligada à Universidade do Minho desistiu de tentar retomar a normalidade da sua emissão, cortada por responsáveis da concorrente por duas vezes. O caso segue agora para os tribunais.

O diferendo entre as duas estações por causa da propriedade do emissor que ambas partilham, no monte de Santa Marta das Cortiças, levou os responsáveis da Antena Minho a desligar a emissão da RUM por duas vezes desde o início do ano. A Universitária tem estado a emitir online e, há uma semana, ligou também um emissor alternativo, mas com alcance limitado a dez quilómetros, para poder continuar a emitir em FM.

No meio deste processo, a administração da RUM disponibilizou-se a pagar parte dos gastos de energia que a Antena Minho alega ter tido com aquele emissor, desde 2008. Desta forma, a rádio universitária pretendia alcançar um acordo pela via negocial, reestabelecendo mais rapidamente a normalidade da emissão. Mas a intransigência da administração da estação concorrente fez cair as negociações.

Por isso, os responsáveis daquela rádio anunciam que terminam com “qualquer forma de negociação com a actual administração da Antena Minho até que sejam reestabelecidas as condições normais de funcionamento e de acesso às instalações”. Além disso, a RUM vai avançar com uma providência cautelar, no sentido de reestabelecer, com a maior brevidade possível, a sua emissão. A Universitária avançará com outras acções judiciais destinadas à “reposição da legalidade” e “responsabilização dos intervenientes”, exigindo ser ressarcida pelos prejuízos que a situação está a causar.

Em comunicado divulgado ao início da tarde desta sexta-feira, a administração da RUM condena a situação criada pela Antena Minho, que acusa de ter tido um “comportamento impróprio” e de ter demonstrado uma postura de “deslealdade institucional” desde que as duas rádios começaram a discutir a propriedade do emissor, em 2008.  “Sobrepondo-se à lei e aos tribunais, preferiram seguir o caminho da justiça pelas próprias mãos”, critica a administração da emissora ligada à Universidade do Minho.