Quarta-feira é o último dia das retroescavadoras nas praias da Caparica

Reposição de um milhão de metros cúbicos de areia custou cinco milhões de euros. Trabalhos acabam uma semana antes do previsto.

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Trabalhos começaram no início de Julho Enric Vives-Rubio

Depois de quase dois meses a calcar o areal da Costa da Caparica e de São João, em Almada, as retroescavadoras vão-se embora esta quarta-feira. A reposição de areias nestas praias fustigadas pelo mau tempo do Inverno chegou ao fim, uma semana antes do previsto.

Em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) informa que está prevista para quarta-feira a conclusão das “intervenções estruturantes e absolutamente necessárias para a protecção deste troço costeiro”. O prazo inicialmente apontado para o fim dos trabalhos era 26 de Agosto.

A obra, adjudicada por cerca de cinco milhões de euros - pagos por fundos comunitários - à empresa Rohde Nielsen, implicou a alimentação artificial de um milhão de metros cúbicos de areia ao longo de uma frente marítima de cerca de 4 quilómetros.

Os trabalhos no terreno começaram no início de Julho, nas praias da Costa da Caparica  - Nova Praia/Saúde, Praia Nova, Dragão Vermelho, Tarquínio/Paraíso (a primeira a ser intervencionada), CDS, Santo António e Norte – e de S. João da Caparica, neste caso divididos em vários troços.

Nas praias mais pequenas foi necessário fechar todo o areal durante a reposição, mas nas maiores apenas foram fechados alguns segmentos, deixando lado a lado os chapéus-de-sol e a retroescavadora. As máquinas foram espalhando, com um braço metálico, a areia que chegou às praias através de uma extensa tubagem de metal e borracha, cuja “boca” estava colocada no mar a 700 metros da costa. Os tubos foram alimentados por uma draga que retirou areia do fundo do canal do Porto de Lisboa, da zona onde o Tejo encontra o oceano Atlântico.

“Através de um planeamento rigoroso, que pressupôs a realização da obra de forma faseada e por troços, foi possível garantir o normal usufruto da época balnear, em condições de segurança para pessoas e bens”, afirma a APA no comunicado.

 

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