Quais devem ser as prioridades na expansão do metro de Lisboa?

Os cidadãos Por Lisboa e Os Verdes levaram o tema à Assembleia Municipal, sugerindo o prolongamento para Campo de Ourique e Alcântara.

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Trabalhadores do metro vão parar entre as 5h e as 10h ENRIC VIVES RUBIO

A expansão da Linha Amarela a Alcântara e o prolongamento da Linha Vermelha até Campo de Ourique devem ser as prioridades no desenvolvimento da rede do Metropolitano de Lisboa. Este é o entendimento dos Cidadãos Por Lisboa, que manifestam a expectativa de que a Câmara de Lisboa e o Governo consigam alcançar um “entendimento” nesse sentido.

A posição do movimento, que nas últimas eleições autárquicas integrou as listas do PS, foi expressa na Assembleia Municipal de Lisboa por José Alberto Franco. Para o deputado, são duas as “opções estratégicas” que devem presidir à expansão do metro: “densificar a rede no interior da cidade”, de forma a “servir os bairros mais densamente habitados e as novas centralidades”, e “recuperar a ligação directa da Linha de Cascais ao eixo terciário principal da cidade”.    

Na intervenção que fez na reunião desta terça-feira, o autarca constatou que quem viaja na Linha de Cascais é hoje obrigado a fazer “dois transbordos” para chegar a áreas como o Saldanha e as Avenidas Novas. Algo que, frisou, poderia ser evitado com a ligação da estação ferroviária de Alcântara-Mar ao Metropolitano de Lisboa, obra que permitiria também “descongestionar a interface do Cais do Sodré”.

Já o prolongamento da Linha Vermelha a Campolide, às Amoreiras e a Campo de Ourique “impõe-se como uma nova prioridade da expansão da rede” sustentou José Alberto Franco. O deputado municipal apontou ainda a possibilidade de “no futuro” ser criada, “no Alvito”, uma correspondência entre o metro e os comboios da Ponte 25 de Abril.

Já Sobreda Antunes, d’Os Verdes, lembrou que “vários têm sido os projectos e os anúncios, os avanços e os recuos” no que ao desenvolvimento da rede do Metropolitano de Lisboa diz respeito. Nesse sentido, o deputado defendeu que “o mais importante é estabelecer-se uma estratégia prévia de expansão”, que valorize “pontos de ligação a interfaces diversificados”.

Observando que a actual rede é “desequilibrada”, abrangendo maioritariamente “a metade central e oriental da cidade”, Sobreda Antunes considerou que o prolongamento que vier a ser feito “deve dirigir-se para ocidente e para a periferia”.   

Nesta sessão da assembleia municipal, foi aprovada (num dos pontos por maioria e nos restantes por unanimidade) uma recomendação do PEV sobre a expansão do metro, na qual se sustenta que o município deve acompanhar “a elaboração dos necessários estudos técnicos” e exigir “manter, como prioritárias, as ligações das linhas de Metro aos nós intermodais”.  

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