Projecto do Centro de artes de Viseu entregue a Filipe Oliveira Dias

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Arquitecto tem ganho vários projectos para salas de espectáculo Fernando Veludo

O futuro Centro de Artes de Espectáculos de Viseu (CAEV) vai ser projectado pelo arquitecto Filipe Oliveira Dias Dias, tendo sido adjudicado esta quinta-feira, por ajuste directo, por um valor que ultrapassa os 700 mil euros.

O anúncio foi feito esta tarde, no final da reunião do executivo, pelo presidente do município, Fernando Ruas que sempre quis que o projectista do Porto fosse o autor do novo espaço cultural, a construir junto à fonte cibernética e ao tribunal judicial, nos antigos terrenos da CP. Em Março deste ano, altura em que foi proposta a adjudicação a Filipe Oliveira Dias Dias, os vereadores do PS votaram contra, tal como na reunião de hoje, por entenderem que a abertura de um concurso público permitiria escolher a melhor ideia.Consideram também que não estão a ser cumpridos os requisitos formais previstos no Código da Contratação Pública .

“O ajuste directo, ultrapassa o limite dos 25 mil euros, impostos por lei”, sublinhou ao PÚBLICO o vereador do PS Miguel Ginestal, apesar de hoje ter faltado à reunião do executivo. Já a maioria social democrata evoca critérios de natureza técnica e artística para justificar a ausência de concurso público. “ Além de um parecer jurídico, se a adjudicação não fosse legal, o Tribunal de Contas chumbaria”, alega o autarca que lança mais um argumento: “Nem sequer houve concurso para o [computador] Magalhães.E é assim tão artístico?”,atira Ruas.

O CAEV vai ser edificado em cerca de seis mil metros quadrados e terá uma sala de espectáculos com 700 lugares, apta para receber congressos. De acordo com um pedido do autarca, o palco deverá funcionar para o interior e para o exterior do edifício, de forma a que os concertos em espaço aberto possam acolher cerca de 3 mil pessoas.

O futuro CAEV será concebido por forma a atrair, diariamente, o público mais jovem. Por esta razão, o projectista já havia afirmado ao PÚBLICO que tenciona incluir um café-concerto que deverá funcionar também como uma sala de cinema de autor. O arquitecto vai ainda ter em linha de conta a construção de uma praça entre a fonte cibernética e o edifício.

A obra, avaliada em cerca de 12 milhões de euros deverá ser adjudicada em Setembro e construída num prazo de dois anos.

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