Presidente da Câmara da Covilhã apela à GNR para “caça aos incendiários”

Foto
O Algarve volta a estar no centro das preocupações depois dos fogos da semana passada Foto: Vasco Célio

O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, apelou hoje publicamente à GNR para que empreenda uma "caça aos incendiários", já que considera que os últimos fogos que se verificaram no concelho têm mão criminosa.

O apelo foi deixado durante uma conferência de imprensa realizada pelo município, na qual foi feito um balanço da área ardida e respectivos prejuízos registados quer do incêndio no qual morreu um bombeiro (Peso, concelho da Covilhã, a 15 de Agosto), quer no incêndio que lavrou durante mais de 24 horas na Serra da Estrela, este mais recentemente.

Fogos que "começaram durante a noite" e em "zonas de difícil acesso", o que leva o autarca a concluir que foram "obra de incendiários".

"Existem incendiários à solta no nosso concelho e esta constatação obriga-me a fazer um apelo às autoridades, nomeadamente à GNR, para a necessidade de [os militares] estarem mais no terreno e poderem ajudar a prevenir estas situações, bem como à verdadeira caça que é preciso fazer-se a estes incendiários", referiu.

O presidente reconhece que "não é fácil colocar um agente atrás de cada floresta", mas sublinhou que "alguma coisa tem de ser feita".

A reivindicação é também dirigida ao Governo que, no entender do autarca, "tem de fazer análise destes incêndios e tomar providências".

"É preciso que em cada época se possa ter uma espécie de cordão de segurança, que previna justamente movimentos de quem lança estes fogos e dos incendiários criminosos, que realmente não podem ter qualquer espécie de contemplação", disse.

Na lista de reivindicações, que apresentará ao Governo em reunião agendada para dia 29 com o ministro do Desenvolvimento Regional, Carlos Pinto incluirá também o pedido para que proprietários, bombeiros e o próprio município sejam ressarcidos dos prejuízos causados pelos fogos.

De acordo com o levantamento preliminar realizado pela autarquia, os dois incêndios destruíram mais de três mil hectares de mato, floresta e propriedades agrícolas.

 

Sugerir correcção
Comentar