Plano de Actividades da Câmara do Funchal chumbado pela segunda vez

Em causa estão 12 milhões de euros que ficam em suspenso, diz o presidente da Câmara

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O Plano de Actividades da Câmara do Funchal para 2015 foi nesta sexta-feira chumbado pela segunda vez na reunião da Assembleia Municipal, colocando o município perante uma situação que o presidente da autarquia considerou “inédita" a nível nacional.

"Estamos perante uma situação inédita no país, que é ter o orçamento aprovado e o plano de actividades chumbado", disse o presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, realçando ter já pedido pareceres à Direção Geral do Orçamento e à Direção Geral das Autarquias Locais, de modo a saber como lidar com o problema.

O Plano de Actividades foi chumbado com os votos do Partido da Nova Democracia (PND), Coligação Democrática Unitária (CDU) e Partido Social Democrata (PSD). O Centro Democrático Social (CDS-PP) votou a favor, ao lado da coligação Mudança, que lidera a autarquia funchalense.

Paulo Cafôfo acusa o PND, a CDU e o PSD de formarem uma "coligação negativa" e uma "força de bloqueio", lembrando que em causa estão 12 milhões de euros que ficam em suspenso.

Esta verba, inscrita no orçamento para 2015, deveria ser aplicada nas obras do Complexo Balnear do Lido, na Estação de Tratamento de Águas Residuais, na beneficiação dos mercados municipais, nos bairros sociais, na aquisição de equipamentos para os Bombeiros Municipais, na loja do munícipe, no melhoramento de caminhos municipais, em programas de apoio social e de ajuda ao arrendamento.

"Votar contra o Plano de Actividades é uma irresponsabilidade da nossa oposição, pois está a pôr em causa o investimento previsto, mesmo apesar das dificuldades financeiras que atravessamos", salientou o presidente da Câmara.

Paulo Cafôfo admite que este chumbo possa inviabilizar o investimento previsto para o próximo ano, mas coloca de parte a hipótese de a Câmara cair por causa disso.

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