PJ investiga alegada fraude fiscal na ilha das Flores que envolve 300 pessoas

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar um caso de alegada fraude fiscal na ilha das Flores que envolve cerca de três centenas de pessoas, revelou à Lusa uma fonte ligada à investigação.

Em causa estão declarações de IRS entregues nas Finanças por cerca de 300 florentinos, que terão indicado possuírem uma deficiência superior a 60%, o que lhes permite beneficiar de reduções fiscais.
 
Segundo a mesma fonte, já terão sido ouvidas cerca de 270 pessoas, alegadamente envolvidas no processo, e a PJ já inquiriu também a delegada de Saúde das Flores, que terá assinado os atestados médicos apresentados pelos contribuintes da ilha.
 
O caso chegou ao Ministério Público, alegadamente, através de uma denúncia anónima, mas o anormal número de pessoas envolvidas, numa ilha com menos de 4000 habitantes, terá sido suficiente para levantar suspeitas ao fisco.
 
Um dos suspeitos, que preferiu não prestar declarações à Lusa, alegando segredo de justiça, disse, no entanto, que ninguém terá agido de má-fé, ao declarar uma deficiência superior a 60%, tendo em conta que eram doentes oncológicos e todos estavam munidos de atestados médicos.
 
A agência Lusa tentou obter mais informações junto da PJ e da delegada de Saúde das Flores, mas ninguém se mostrou disponível para falar à comunicação social.
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