Paulo Rangel pede um “15 de Setembro” contra o “centralismo do Governo”

Em entrevista ao programa Pólo Norte, que o Porto Canal emite esta sexta-feira à noite, o eurodeputado do PSD critica o Executivo de Passos Coelho no caso dos financiamento da Casa da Música e da privatização da gestão dos aeroportos.

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Paulo Rangel pede um “15 de Setembro” contra o “centralismo do Governo” Cortesia Porto Canal

O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel apela a uma grande manifestação no Norte contra algumas atitudes do Governo, que acusa de ser “o mais centralista” que conheceu.

Em entrevista ao programa semanal Pólo Norte, a emitir esta sexta-feira à noite pelo Porto Canal, Rangel considera que em situações como a concessão da ANA — Aeroportos de Portugal, o corte nos apoios do Estado à Casa da Música ou o anúncio de transferência para Lisboa da produção do programa Praça da Alegria da RTP, os interesses da região não foram tidos em conta.

“As questões da Casa da Música ou da RTP mereciam que fôssemos à Avenida dos Aliados manifestarmo-nos”, afirmou Paulo Rangel, defendendo uma mobilização da população para um “15 de Setembro” regional em torno destas questões. Mas, para isso, admitiu logo de seguida, “era preciso um líder político legitimado que puxasse pelas pessoas para elas saírem [à rua]”.

As situações levantadas por Paulo Rangel têm merecido reacções distintas, mesmo no campo do PSD. No caso da concessão da ANA, por exemplo, enquanto Luís Filipe Menezes afirmou ter sérias dúvidas sobre as vantagens de uma gestão autónoma do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o autarca do Porto, Rui Rio, enquanto líder da Junta Metropolitana, fez dessa opção uma batalha — que acabou por perder. O Governo decidiu esta quinta-feira entregar todos os aeroportos do país aos franceses da Vinci e, nos últimos dias, a Junta criticou a forma como o processo foi conduzido, sem acautelar, alegou, os interesses da região.
 
 

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