PartyBike, um bar com pedais com vista para a cidade

Novo serviço chegou ao Porto no dia 10 para ser “uma actividade lúdica e turística”.

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Para já há apenas uma máquina destas no Porto FERNANDO VELUDO/ NFACTOS

A bicicleta colectiva pára o trânsito na marginal do Porto — umas vezes literalmente, já que a velocidade máxima não andará muito acima dos 10km/h, outras metaforicamente, pelo entusiasmo dos turistas e dos locais que não ficam indiferentes à passagem do veículo. Há quem se ofereça para dar uma ajuda a pedalar, quem bata palmas, quem fotografe (muitos, a toda a hora) e quem peça flyers para saber mais sobre a PartyBike, um novo serviço que chegou ao Porto no dia 10 de Agosto para ser “uma actividade lúdica e turística”.

A culpa é de Joana Gomes, uma advogada apaixonada por viagens que se cruzou com o conceito na Europa e decidiu investir: “Comecei por ver isto em Berlim, depois Amesterdão, Budapeste. E pensei ‘aqui está um conceito que podia vingar em Portugal’”, disse ao P3 durante uma viagem de PartyBike entre a Alfândega e as caves de vinho do Porto Quevedo Port Wine, em Vila Nova de Gaia.

A PartyBike — já presente noutras cidades portuguesas — é uma bicicleta colectiva não poluente que pode transportar um máximo de 18 pessoas (dez a pedalar) e tem baterias que fornecem iluminação, fazem funcionar as duas colunas de som e — muito importante — mantêm as bebidas refrigeradas. O serviço presente no Porto tem uma parceria com a Sovina — e no preço da viagem está incluído um copo desta cerveja artesanal (ou de água ou sumo, para quem não apreciar cerveja).

O veículo circula “à força das pernas” e com a bicicleta colectiva composta o esforço necessário é quase nulo. A ideia é proporcionar às pessoas um “momento de diversão” ou um “passeio turístico alternativo” — e o trajecto tanto pode ser o que foi feito pelo P3 como pode ir no sentido contrário, em direcção ao Passeio Alegre. Particularmente interessante para “festas de amigos, despedidas de solteiros ou fins publicitários”, a PartyBike pode ainda ser levada para outros pontos do país, mediante negociação com a empresa.

O passeio de meia hora — que é o tempo de ida à Alfândega, e se for em direcção às caves de vinho do Porto inclui um momento de degustação e fado ao vivo — tem o preço de dez euros por pessoa e inclui uma bebida. Quem quiser fazer a viagem de regresso paga 15 euros. O serviço faz todo o sentido numa cidade que foi eleita destino europeu de 2014, acredita Joana Gomes, portuense de 46 anos que trabalha em Lisboa mas não deixa de sonhar com um regresso às origens.

A PartyBike tem sempre “um condutor especializado” a bordo, que é a “autoridade máxima no veículo” — é ele quem dá ordens de pedalar ou parar e é ele quem controla o volante e o travão. Para já, existe apenas um veículo a circular, mas a ideia de Joana Gomes é expandir: “Vamos ver como corre... mas acredito que em breve teremos mais bicicletas.”    

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