Ovar recupera cinema com sessões diárias

Produtora Filmógrafo fica responsável pela exploração do cinema, que tem agora tecnologia digital.

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Sala vai ter capacidade para 72 espectadores Carla Carvalho Tomás/Arquivo

Ovar voltará a ter sessões de cinema quase dois anos depois do encerramento do Cinema Paraíso, que funcionava no centro comercial Dolce Vita Ovar. O cinema regressa na próxima semana, no dia 24, véspera de feriado, com a estreia nacional do filme Pecado Fatal, de Luís Diogo, às 16h.

O espaço é o mesmo, encolhe para apenas uma sala, e muda de nome para Cinema Dolce Espaço Ovar. E haverá alterações no modelo de funcionamento. A parceria estabelecida entre a produtora Filmógrafo, o centro comercial e a Câmara de Ovar permite avançar com sessões diárias numa sala com 72 lugares agora equipada com tecnologia digital. De segunda a quinta-feira será exibido um filme por dia às 16h, à sexta-feira haverá mais uma sessão às 21h30, e aos fins-de-semana a oferta aumenta para três exibições às 16h, 18h e 21h30. 

A Filmógrafo assume a exploração do cinema e promete uma programação variada de filmes comerciais, infantis e alternativos com a exibição das mais recentes obras em estreia nacional. Além disso, compromete-se a ter ciclos de programação específicos para os mais novos e para os mais velhos, fora das sessões habituais, e a proporcionar momentos especiais aos espectadores com a presença de realizadores e actores.

“Teremos um processo de programação um pouco mais complexo. Teremos um conjunto de exibições para o grande público e um circuito alternativo. Além disso, haverá uma programação para o público escolar, para crianças e jovens, e terceira idade”, adianta ao PÚBLICO Costa Valente da Filmógrafo, que assume o investimento financeiro.

O centro comercial cede o espaço, a câmara trata da divulgação e a produtora gere o cinema em Ovar. Costa Valente não revela números ou quantias, refere apenas que estão dentro dos valores habituais em investimentos deste género, e não coloca obstáculos para devolver o cinema a Ovar. “Se não houver aposta a palavra aposta não serve para nada. O risco, de alguma forma, faz parte da nossa vida para lhe dar cor”, comenta.

Uma aposta que, na sua opinião, faz todo o sentido. “Trata-se de uma sala num sítio que tem habitantes que não têm tido a possibilidade de poder assistir ao que de melhor se exibe no cinema”, repara. Ovar recupera assim as sessões de cinema que tinha perdido em 2012 por duas razões: pela diminuição de espectadores nas salas e pela necessidade de substituir a maquinaria de projecção analógica por tecnologia digital.

Notícia actualizada às 15h30: substitui notícia de agência por texto próprio

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