Onze jovens da JCP detidos no Porto quando pintavam mural sobre Governo

Onze jovens da JCP foram detidos numa escola do Porto por pintar um mural alusivo aos dois anos de Governo de Pedro Passos Coelho, disse Belmiro Magalhães, da Direcção de Organização Regional do Porto do PCP.

“Foi uma detenção ilegal, tendo em contra tratar-se de um direito constitucional”, acrescentou, em declarações à Lusa, à porta da esquadra para onde os jovens foram levados pela PSP.

O responsável pela estrutura distrital do PCP do Porto referiu que quatro dos jovens foram algemados ainda junto ao muro da Escola do Infante, no Porto.

A polícia vedou, entretanto, a entrada da esquadra de Cedofeita aos jornalistas, alegando que o espaço está sobrelotado. A Lusa constatou, contudo, que a esquadra tinha apenas uma dezena de pessoas no átrio.

Entretanto, às 22h40, alguns jovens saíram da esquadra numa viatura policial, acompanhados de agentes, para, segundo foi explicado, fazer uma resenha do ocorrido.

Em Moura, onde participou no jantar de apresentação dos candidatos da CDU à autarquia, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse esperar que “não tenha havido livre arbítrio” da PSP na detenção dos 11 jovens da JCP, no Porto, mas reconheceu desconhecer o caso em concreto.

“A nossa juventude, no essencial, cumpre com aquilo que está inscrito na Constituição e na lei e, por razões que ainda poderíamos considerar de excesso de zelo, tem acontecido este ou aquele acidente”, afirmou. Por vezes, “há uma tendência de interpretação errada da lei”, continuou Jerónimo de Sousa, acrescentando desconhecer os contornos da detenção dos 11 jovens da JCP, mas deixando um desejo: “Espero que não tenha havido livre arbítrio, mais uma vez”.
 
 

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