Obras na Ribeira das Naus serão concluídas "em breve", diz António Costa

O autarca não adiantou prazos, mas o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, disse esperar que sejam necessárias mais três semanas.

Foto
António Costa, primeiro-ministro Nuno Ferreira Santos

As obras na zona da Ribeira das Naus, em Lisboa, vão estar concluídas em breve, disse nesta terça-feira o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, sem querer adiantar datas por, afirmou, ser “muito prudente”.

“O vereador Manuel Salgado diz que faltam três semanas, na minha posição prudente não digo quanto [tempo] falta”, afirmou o autarca no decurso da reunião da Assembleia Municipal.

De acordo com António Costa, a segunda fase da obra na Ribeira das Naus, entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré, está “praticamente a acabar”, estando terminada a parte do jardim e faltando concluir a área designada como caldeirinha.
O presidente da câmara disse ainda que tem de se analisar como vai ficar o trânsito naquela zona, afirmando que “é uma avaliação que se tem de fazer”. O autarca não explicou se essa avaliação e as conclusões que ela ditar pode implicar, ou não, a realização de novos trabalhos e a continuação dos actuais desvios de trânsito na zona.

Questionado pela agência Lusa, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, disse “esperar” que as obras terminem dentro de três semanas.

A intervenção na Ribeira das Naus começou há cerca de um ano, quando a Câmara de Lisboa inaugurou a primeira fase das obras na frente ribeirinha daquela avenida, as quais incluíram o avanço da margem sobre o rio, bem como a deslocação da faixa de rodagem para a beira-rio e a criação de um pequeno espaço verde e de uma pequena praia sem areia.

Fonte da autarquia indicou, nessa altura, que a segunda fase da intervenção na Ribeira das Naus, que incide sobre a requalificação do antigo parque de estacionamento das instalações centrais da Marinha, estaria pronta no verão passado.
As obras na Ribeira das Naus representam um investimento total de 10 milhões de euros, dos quais 6,5 milhões provêm do Quadro de Referência Estratégico Nacional.

A última parte dos trabalhos obrigou a câmara a determinar o corte do trânsito na zona das obras no dia três de Abril deste ano, o que implicou a criação de percursos alternativos através da Rua do Arsenal, com o agravamento das condições de circulação na zona. Nessa altura a autarquia limitou-se a informar que o trânsito seria interrompido por "tempo indeterminado".

Na reunião da Assembleia Municipal, António Costa foi questionado acerca do processo de concessão da Carris e do Metropolitano de Lisboa, afirmando que “tem prosseguido os trabalhos com o Governo” e que estão “bastante adiantados”. “Há boas condições para, dentro do prazo [final de Junho], haver uma posição definitiva sobre esta matéria”, acrescentou.

Relativamente à contratação de novos 150 cantoneiros, o autarca afirmou que ela foi feita depois de se ter reavaliado as necessidades de contratação de pessoal e após a conclusão da primeira fase da transferência de competência para as juntas de freguesia.

“Com o processo de transferência de competências, a câmara chegou a Junho com 420 cantoneiros de limpeza nos quadros, que não correspondem à totalidade dos funcionários que estão aptos a trabalhar”, disse.
Segundo o autarca, desses 420 trabalhadores “261 estão aptos, 83 inaptos e 60 em situação de ausência há mais do que o tempo legalmente permitido”.

“Havia que avaliar as necessidades e responder. Por isso o município decidiu abrir concurso para contratação de 150 novos cantoneiros”, afirmou António Costa.

Sugerir correcção
Comentar