Nove postos da GNR podem encerrar em Castelo Branco por falta de efetivos

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O homem foi dado como desaparecido depois de se ter ausentado do serviço de urgência daquela unidade Foto: Carla Carvalho Tomás

O comandante da GNR de Castelo Branco, Oliveira Gonçalves, disse nesta sexta-feira à agência Lusa que oito ou nove dos 31 postos territoriais existentes no distrito podem encerrar e que os efectivos serão concentrados em outros.

"As propostas vão no sentido de encerrar oito ou nove postos e concentrar [os efectivos] em outros. É uma proposta nossa, bem estudada, mas ainda não há prazos" para a concretizar, disse Oliveira Gonçalves.

O comandante do Comando Territorial da GNR de Castelo Branco que falava à margem da cerimónia do Dia da Unidade, explicou ainda que actualmente existem 31 postos territoriais em todo o distrito e adiantou que gostaria de os manter ou ter ainda mais se houvesse efectivos para isso.

"Como isso não acontece e considerando a nossa realidade, os efectivos atuais e perspectivas futuras, penso que a melhor forma de servir as pessoas é concentrar mais efectivos. Não tem sido viável, isso é uma decisão sobretudo política, a mim compete-me fazer propostas", adiantou.

Neste sentido, Oliveira Gonçalves sublinhou que seria "muito vantajoso" que em vez de haver postos territoriais com dois ou cinco elementos, estes fossem concentrados em outros postos.

"São números [de efectivos] que manifestamente não permitem cumprir a missão da GNR. Então, entendemos que seria preferível concentrar os meios em alguns postos, passando pelo encerramento de outros ou, pelo menos, passarem a simples postos de atendimento", disse o comandante da GNR de Castelo Branco.

Contudo, Oliveira Gonçalves adiantou que essa decisão, que ainda não tem datas ou prazos definidos, "passará sempre por um diálogo com os autarcas e com os cidadãos".

"Se formos suficientemente competentes para explicar isto aos cidadãos, eles compreenderão que são melhor servidos porque o pessoal em vez de estar a guardar o próprio posto, estará na rua a servi-los", concluiu.

 

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