Na Rua da Madeira vai haver vida nova para objectos velhos

Um estaleiro popular e um museu comunitário são as principais atracções na Rua da Madeira.

Arranca esta segunda-feira “Objectos desta Rua”, a terceira fase de actividades na Rua da Madeira, no Porto, que, desta vez, dura duas semanas, prolongando-se até dia 9 de Maio. Transformar em novo o que estava velho é uma das ideias da programação.

Uma “Oficina de Reparação de Mobiliário” vai disponibilizar-se, até quinta-feira entre as 17h e as 19h, a dar um uso alternativo ao que as pessoas já não costumam utilizar. Tanto os moradores como aqueles que passam todos os dias lá perto podem contribuir com materiais. Para a próxima semana, entre os dias 4 e 9 de Maio, apresentam-se os resultados dos restauros num Museu Comunitário, no Largo do Cativo. “Se houvesse um museu na sua rua, que objectos lá gostaria de ver?” é o tema que se pretende ver discutido com esta iniciativa. Entretanto, no dia 8 de Maio, entre as 19h30 e as 20h30, decorre um leilão simbólico em que os objectos transformados com uma nova função e design podem ser adquiridos em troca de um valor simbólico a doar a algumas associações.

O dia do trabalhador, na próxima sexta-feira, é dedicado aos que ainda não entraram no mercado do trabalho: jovens entre os 10 e os 14 anos. Das 10h às 13h, o Largo do Cativo acolhe uma oficina que, através de alguns objectos cedidos, permite construir carrinhos de rolamentos.

No fim da próxima semana é tempo de “Dar voz às comunidades em projectos culturais e artísticos”. Trata-se de uma conversa com diversos representantes de projectos relacionados com a cultura. A partir das experiências individuais dos convidados, vai-se discutir o significado de trabalhar com comunidades ao mesmo tempo que se discutem estratégias de aproximação, desafios e obstáculos.

O designer Patrick Hubmann, a organização cultural Casa do Vinhal e o projecto Oposto são os responsáveis por “Objectos desta Rua”, a terceira semana de actividades apresentada como resultado da convocatória aberta da Locomotiva que convidou as pessoas a construir uma programação cultural para aquela zona da cidade.

Ao contrário de “Espigulhar” e “Memórias da Madeira”, as duas propostas anteriores, “Objectos desta Rua”, como dura duas semanas, sobrepõe-se à quarta e à última semana, “Símbolo & Futuro” e “Sopa de Pedra”, respectivamente.

Texto editado por Ana Fernandes
 

 

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